O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou, em entrevista ao Estadão, publicada neste domingo (30), que o governador do Piauí, Rafael Fonteles, já aparece entre os nomes cotados dentro do PT para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial de 2030.
Questionado sobre o desafio da legenda na construção do período pós-Lula, Dirceu disse que a continuidade do partido depende da capacidade de apresentar novos quadros e lembrou que, entre 2013 e 2019, o PT enfrentou forte rejeição pública, situação que considera superada. Dirceu avaliou que, no caso do PT, há opções em formação para 2030, citando novamente Haddad, Fonteles e João Campos como exemplos de lideranças que já circulam com visibilidade nacional.
Presidente Lula e Rafael Fonteles
“A
construção do pós-Lula passa pela continuidade do PT. De 2013 a 2019 nós não
podíamos sair às ruas com os símbolos do PT. Quem não tem nomes é a direita.
Depois do Bolsonaro, a direita só tem hoje o Tarcísio. No nosso caso, estamos
falando de 2030. Fernando Haddad (ministro da Fazenda) é um nome; o Rafael
Fonteles, governador do Piauí, está se projetando nacionalmente, o João Campos
(prefeito do Recife) amanhã poderá ser um candidato. Não tem vazio político”.
Ao
comentar o cenário de 2026, o ex-ministro tem assumido protagonismo na
organização da campanha de Lula à reeleição e voltou a atuar nos bastidores do
partido, como fazia quando comandou a articulação política petista entre 1995 e
2002.
Dirceu
afirmou ainda que candidatos da direita não devem conquistar votos ao defender
anistia para Bolsonaro, mas também não conseguiriam se desvincular dele durante
a disputa. Com isso, avalia que o próximo ciclo eleitoral será marcado pela
influência direta do ex-presidente no comportamento de seus aliados e pela
consolidação dos nomes em formação dentro do PT.



Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.