SEM CELULAR NA SALA Em sessão presidida pelo vice-presidente da Comissão de Educação, deputado federal Átila Lira (PP), a Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (30) o projeto de lei que estabelece restrições rigorosas para o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos portáteis nas escolas.
O QUE ACONTECEU:
O texto
abrange tanto instituições públicas quanto privadas de educação básica e
estipula que, além de banir o uso dos aparelhos em salas de aula, a proibição
também se estende aos intervalos e recreios. Para crianças de até 10 anos, o
porte do aparelho é vedado por completo.
AVANÇO SIGNIFICATIVO
Segundo o projeto, a proibição visa proteger os alunos
mais jovens de possíveis riscos associados ao uso inadequado da tecnologia,
incluindo o acesso a conteúdos impróprios e o impacto na socialização.
“É um
avanço significativo para priorizar o desenvolvimento social e emocional das
nossas crianças, especialmente nos primeiros anos da educação básica”, afirmou
Átila Lira. “A escola deve ser um ambiente seguro e propício ao aprendizado,
não um local onde a tecnologia causa distração ou problemas de comportamento.”
HÁ EXCEÇÕES
A
proposta, que agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania, foi apresentada em forma de substitutivo pelo relator, deputado
Diego Garcia (Republicanos-PR), ao Projeto de Lei 104/15 do deputado Alceu
Moreira (MDB-RS), somando-se a outras 13 proposições relacionadas.
Garcia
destacou que sua análise se baseou em diversos estudos que indicam riscos no
uso precoce de aparelhos eletrônicos, como exposição a conteúdos impróprios e o
impacto do uso excessivo de telas na saúde mental dos alunos.
O
projeto abre exceções para o uso de dispositivos em sala de aula, desde que
restrito a atividades pedagógicas, acessibilidade e condições de saúde, como o
monitoramento de glicemia. Alunos com deficiência ou necessidades médicas terão
permissão para usar dispositivos conforme orientações específicas, preservando
assim o compromisso com a inclusão.
SAÚDE MENTAL
A
iniciativa também traz uma proposta de atenção à saúde mental no ambiente
escolar. O texto exige que as redes de ensino promovam a conscientização sobre
sofrimento psíquico, abordando temas como riscos do uso imoderado de
tecnologia. Além disso, prevê o treinamento de professores para identificar
sinais de sofrimento mental nos alunos, enquanto as escolas devem
disponibilizar espaços de escuta e acolhimento.
O PL agora será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proibição precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.
Por Ari Carvalho
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