A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (27), 12 integrantes de uma facção criminosa com atuação no litoral do Piauí. De acordo com o delegado Ayslan Magalhães, titular da 2ª Delegacia Seccional de Parnaíba, o grupo criminoso tem relação com a chacina que terminou com três mortos no dia 14 de setembro no bairro Planalto, em Parnaíba. As prisões ocorreram dentro da Operação DRACO 70, realizada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) em parceria com a 2ª Delegacia Seccional da Polícia Civil de Parnaíba.
"A operação visa combater criminosos de uma determinada facção que atua aqui na cidade de Parnaíba e que também tem relação com o triplo homicídio que aconteceu aqui na cidade (...) os mandados são referentes aos crimes de tráfico e organização criminosa. Eles não têm relação direta com o triplo homicídio, mas foi no mesmo bairro, na mesma área do local onde houve o triplo homicídio, e referente à facção que são os indivíduos que praticaram o homicídio", disse ao Cidadeverde.com
A operação ainda cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, que terminou com a recuperação de duas armas de fogo e entorpecentes.
De acordo com o delegado Charles Pessoa, os criminosos presos nesta sexta têm envolvimento em diversos crimes. "Eles são envolvidos com homicídios, roubos e tráfico de entorpecentes, e como existe a determinação do secretário de Segurança e delegado geral para desarticular essas facções, estamos atuando em algumas cidades do interior do estado", disse ao Cidadeverde.com
Triplo homicídio
Antônio Santos Souza, de 37 anos, Joaquim Severiano da Silva Filho, de 47 anos e Leandro dos Santos Oliveira, de 38 anos, estavam em um carro no dia 14 de setembro quando o veículo foi alvejado com disparos de arma de fogo no bairro Planalto, em Parnaíba. Eles eram pedreiros e estavam indo em direção a uma obra onde estavam trabalhando.
Em uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Parnaíba, no dia 18 de outubro, o Secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, pediu desculpas às famílias das vítimas da chacina. Ele fez a declaração após a estudante Kelly Carvalho, filha de um dos três mortos, cobrar medidas para combater a violência no litoral do Piauí.
"Começo pedindo desculpas às famílias das vítimas chacinadas, na pessoa da Kelly Carvalho. Esse crime eu estou acompanhando, como todos os crimes. Eu não faço distinção em nenhum tipo de vida, seja a pessoa que participa ou não do mundo do crime. Seja a pessoa que morra de assassinato ou de trânsito. Tanto é que nós temos uma política muito clara, nós queremos salvar vidas", declarou o gestor à época.
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