Antes de completar cem dias no governo, o presidente Lula já possui seis pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados. Em comparação, na mesma época em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha dois pedidos protocolados, que alegavam crime de responsabilidade e omissão.
Metade dos pedidos contra Lula foi motivada por declarações públicas do petista.
Na última quarta-feira, 22, o deputado Bibo Nunes (PL-RS) citou a afirmação de Lula de que, quando estava preso, queria "foder" o ex-juiz e agora senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), para embasar seu pedido de impeachment.
Outros dois pedidos - protocolados pelos deputados Ubiratan Sanderson (PL-RS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES) - citam declaração polêmica de Lula na Argentina. Na viagem, o petista disse que o impeachment de Dilma Rousseff foi um "golpe de Estado". Esses pedidos foram arquivados seguindo os termos do art. 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD), porque foram apresentadas no final de janeiro de 2023, e a atual legislatura se iniciou no dia 2 de fevereiro.
Além desses, os outros três pedidos protocolados dispõem de um suposto processo de licitação para compra de móveis de luxo, da responsabilização de Lula pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro e da tentativa do petista em impedir a instalação de CPI e CPMI para investigar os ataques antidemocráticos em Brasília.
Fonte: Estadão Conteúdo
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