Era sábado. Eu estava trabalhando no Festival de Bandas. Eu estava cansado e triste. Triste com o Festival, que era tudo, menos um festival de bandas. Por sorte, no fim da noite, ouvi um dobrado. Mas eu quero dizer é que, ao chegar em casa, vi que um ladrão fez um buraco no teto, entrou e levou tudo que eu tinha. Quase tudo. Assimilei o golpe e, cansado como estava, dormi feito uma pedra. Quando acordei vi que o ladrão tinha voltado e levado mais coisas. Dessa vez, deixou a faca da foto em cima da cama, no meu quarto, como para avisar: - Te cuida, Albert Piauhy! Não liguei para a Polícia, uma vez que isso não resultaria em nada. O certo é que minha casa agora é dos bandidos. Eu sei que eles voltarão outras vezes. Levarão tudo que eu tenho. Mas não posso fazer nada. Estou sob a lei deles e sem a proteção do Estado. Onde eu moro e vou ter que sair é um lugar maravilhoso, mas está infestado de bandidos, ladrões e usuários de crack. Já fui alertado que é assim em todos os lugares. Acho que vou embora para Passárgada.
Albert Piauhy
Albert Piauhy
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