O processo de privatização da Eletrobras-Piauí, antiga Cepisa, será discutido em audiência pública na tarde desta quarta-feira (28). Representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do órgão e da sociedade civil organizada, participarão da primeira rodada de debate que gira em torno da desestatização que deve ser feita através de venda em leilão.
O encontro acontecerá no Sindicato dos Lojistas do Piauí a partir das 14h e o presidente do Sindicato do Urbanitários do Piauí, Paulo Sampaio, adiantou que a categoria fará uma grande manifestação contra a privatização. De acordo com o presidente, a reunião foi marcada sem que houvesse a divulgação devida, em se tratando de uma audiência para discutir com a população sobre a venda da Eletrobras, a qual o Sindicato considera um retrocesso.
“Vamos continuar a luta e fazer uma resistência. Vamos tomar as medidas jurídicas que forem necessárias. A Cepisa está avaliada em R$ 5 bilhões e o governo quer colocar a venda por apenas R$ 50 mil”, lamentou o presidente.
Paulo Sampaio afirma que o Sindicato é terminantemente contra a privatização, alegando que a privatização vai fazer com que as tarifas de cobrança de energia elétrica aumentem e que a prestação de serviços seja “precarizada”. “Ou seja, quem vai pagar por isso é o consumidor final, a população que precisa dos serviços”.
A assessoria de imprensa da Eletrobras confirmou que representantes do BNDES participarão do encontro e informou que a divulgação sobre a realização da audiência foi feita nos jornais locais, como determina a lei e que “foi anunciada também por outros meios”.
O Cidadeverde.com tentou entrar em contato com a assessoria do BNDES, mas até a publicação da matéria não obteve êxito.
Entenda o caso
O projeto de lei que trata da privatização da Eletrobras tem sido uma das pautas prioritárias do governo federal, que está começando a promover diversas ações de comunicação para explicar melhor o assunto através das audiências públicas. A privatização, segundo o governo, deve ocorrer por meio de operação de aumento de capital, até que a participação do governo se torne minoritária.
Além da Eletrobras no Piauí, serão privatizadas as distribuidoras EletroAcre, Boa Vista Energia, Ceron (Rondônia), Amazonas Distribuidora de Energia, Cepisa (Piauí) e Ceal (Alagoas) e o governo estipulou, em novembro do ano passado, o valor simbólico de R$ 50 mil por cada uma das distribuidoras. Na assembleia, também ficou decidido que a Eletrobras vai assumir as dívidas das empresas no valor de R$ 11,2 bilhões.
(Cidadeverde.com)
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