30 de nov. de 2015

Militares e Governo tentam acordo mas paralisação continua

As Associações Militares da Polícia Militar e a Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Piauí (ABMEPI) participaram de audiência na manhã desta segunda-feira (30), na Procuradoria Geral da Justiça, A reunião foi realizada com o intuito de encontrar um consenso entre os militares e o Governo do Estado a respeito do Projeto de Lei que altera a legislação dos militares, principalmente no que diz respeito a Lei de Organização Básica(LOB), Lei de Promoções e jornada de trabalho. 


Os militares encontram-se com as atividades paralisadas desde o último sábado (28), reivindicando que o Projeto de Lei seja encaminhado, apreciado e sancionado. “Estamos revindicando o cumprimento de um acordo realizado entre a categoria e o Governo do estado em 2011, e que hoje tivemos que retornar ao Movimento Polícia Legal devido ao descumprimento desse acordo”, explica sargento Francisco da Cruz, presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Piauí.
O coronel Carlos Pinho, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Piauí esclarece que além das alterações solicitadas na legislação dos militares, a Polícia Militar requer que a gratificação por risco de vida, seja incluída no Plano de Carreira. 

“A Polícia Civil e a Polícia Militar tem um tratamento diferenciado por parte do Governo do Estado. A gratificação por risco de vida já está incorporado no plano de carreira da Polícia Civil, enquanto que a Polícia Militar já foram dez mortos no Piauí somente este ano. Uma situação revoltante para os militares”, ressalta o coronel.

A audiência foi mediada pelo Promotor Fernando Santos, que depois de ouvir os militares e os representantes do Comando Geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militares sugeriu marcar outra audiência, no qual o promotor requereu que os próprios comandantes possam comparecer ao encontro agendado para a próxima segunda-feira (07).
O tenente Flaubert Rocha, vice-presidente da ABMEPI declara que as deliberações devem ser tomadas o mais rápido possível, já a paralisação deve continuar. “O comandante está com o Projeto de Lei há aproximadamente 60 dias, por isso não temos mais tempo, e na próxima audiência temos que ter um posicionamento concreto. Mesmo por que até que esse projeto seja apreciado e sancionado o Movimento Polícia Legal irá continuar”, afirma. 

O secretário de Segurança, Fábio Abreu, confirmou que foi solicitado ao Ministério da Justiça dobrar o número de policiais da Força Nacional no Piauí. Esta é uma das ações alternativas para garantir assistência à população durante Movimento Polícia Legal. Além disso, o Exército também poderá ser acionado.

“Por enquanto, em entendimento com o Governador Wellington Dias, já enviamos pedido de mais policiais da Força Nacional à Secretaria Nacional de Segurança Pública. A reivindicação dos policiais é justa, mas o próprio governador informou que não tem como onerar a folha de pagamento agora. No entanto, continuo acreditando no diálogo”, esclarece. 
O secretário ainda destacou que a paralisação dos militares é parcial. “Somente na capital haviam 22 viaturas rodando o que consideramos suficiente. Lamentavelmente há informações falsas sendo divulgadas nas redes sociais com propósito de espalhar o pânico na sociedade. Nosso compromisso é não deixar de dar as respostas que o piauiense precisa. Por outro lado, vamos enviar policiais da Força Nacional para Parnaíba para dar mais tranquilidade ao município”, afirmando ainda que cerca de 300 PMs que estão à disposição de outros órgãos foram convocados para reforçar o efetivo nas ruas no fim de ano.



Fonte: Portal AZ

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