Antigamente, fumar significava status. Mas, hoje, as pessoas estão mais preocupadas com a saúde. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério da Saúde. Nos últimos nove anos, o número de fumantes no país caiu 30,7%.
A outra boa notícia, é que Teresina ocupa a 3ª posição entre as capitais brasileiras com o menor índice de pessoas fumantes. Mas, segundo o médico João Luís Ribeiro, que é cirurgião torácico, isso não é motivo para relaxar da tentativa de abandonar o vício. "O cigarro é a principal causa de câncer de pulmão. Além disso, existem os problemas de hipertensão, cardiovasculares e as doenças respiratórias. Todas essas complicações podem causar a morte do paciente que fuma", alerta o Dr. João Luís Ribeiro.
Dr. João Luís Ribeiro, cirurgião torácico
No Brasil, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes. Somente entre os meses de janeiro e abril de 2015, estima-se que surgiram 27.330 novos casos de câncer de pulmão no Brasil. O Dr. João Luís Ribeiro explica que o tratamento para o fumante começa com o psicológico: "O primeiro passo é trabalhar a consciência do fumante. E somente depois, caso necessário, é que prescreve-se medicação", diz o médico.
Atualmente, 23.387 equipes da saúde em 4.375 municípios estão preparadas para ofertar o serviço na atenção básica. São oferecidas consultas de avaliação individual ou em grupo de apoio, além de medicamentos em forma de adesivos e gomas de mascar com nicotina. A pesquisa Vigitel ouviu cerca de 23 mil brasileiros maiores de 18 anos que vivem nas 26 capitais do país e no Distrito Federal.
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