Depois do bombardeio que sofreu dos adversários após o início da transição administrativa, o governador Zé Filho vai dar o primeiro soco no seu sucessor na próxima segunda-feira. Ele encaminhará ofício ao Banco do Brasil rompendo unilateralmente o contrato do empréstimo que o Governo do Estado fez com a instituição.
Ao todo, esse empréstimo tem o valor de R$ 599 milhões, dividido em duas parcelas. Desse total, o governador Wilson Martins recebeu R$ 231 milhões, como parte da primeira parcela. O governador Zé Filho receberia mais R$ 69 milhões como parte final dessa parcela, após a prestação de contas dos primeiros recursos liberados.
O Governo do Estado alega que fez a prestação de contas, porém o Banco do Brasil criou todo tipo de entrave para liberar o restante dos recursos, obrigando-o a recorrer à Justiça. Recentemente, o desembargador José Ribamar Oliveira determinou ao BB que creditasse na conta do Governo do Estado os R$ 69 milhões restantes da primeira parcela.
A decisão foi derrubada em seguida por outro magistrado, o desembargador Edvaldo Moura, no julgamento de recurso judicial do banco. Nesta quinta (27) durante reunião com seus secretários, o governador Zé Filho tomou a decisão de rescindir o contrato com o Banco do Brasil, por considerar que uma questão meramente técnica vem sendo tratada de forma política.
Com isso, o Piauí deixará de receber os R$ 69 milhões que estão sendo disputados na Justiça e mais R$ 299 milhões correspondentes à segunda parcela do empréstimo junto ao Banco do Brasil. O financiamento corresponde ao Pró-Desenvolvimento II, resultante de um empréstimo feito ainda no Governo Wilson Martins.
Os recursos destinam-se a obras de infraestrutura, como a duplicação dos acessos a Teresina pelas BRs-343 e 316, o rodoanel da capital, um novo Centro de Convenções e intervenções de mobilidade urbana em cidades do interior. O governador alegará que, diante do desrespeito do Banco do Brasil com o Piauí, não tem mais interesse no financiamento.
Se o novo governo fez gestões para impedir a liberação de recursos desse empréstimo, acabou por prejudicar não apenas a atual gestão, mas também a futura. (Com informações do Diário do Povo)
Zé Filho reúne secretários e autoriza resposta a acusações
O governador Antonio José de Moraes Souza Filho, o Zé Filho (PMDB), reuniu ontem seu secretariado para anunciar medidas que serão tomadas no último mês de sua gestão e, ainda, autorizar os gestores a responder qualquer questionamentos da oposição.
Zé Filho pediu aos secretários em reunião na Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi) que ocupem espaços na imprensa para responder qualquer acusação feita ao governo, de forma respeitosa, deixando claro que o governo não está parado e que as dificuldades são resultantes de modelos de gestão antigos.
Entre as medidas anunciadas, o rompimento de um contrato com o Banco do Brasil por conta da não liberação de R$ 369 milhões referente à operação de crédito Pró-Desenvolvimento II, firmada em janeiro do ano passado.
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