O ex-senador Freitas Neto, integrante da comissão de transição entre os governos Wilson Martins (PSB) e Zé Filho (PMDB), acredita que Wilson Martins chamará Zé Filho para conversar sobre sua saída depois do Carnaval. Os dois devem passar o feriadão no litoral piauiense.
Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
"Creio que o governador, depois do Carnaval, chame o vice e participe se vai ou não sair e passar dados mais detalhados sobre o governo. É evidente que o vice tem informações, mas ele não exerce função administrativa e não tem essas informações macro", diz Freitas.
O trabalho da comissão formada por Freitas, Deolindo Aguiar, Felipe Mendes e João Henrique deverá iniciar logo que o governador assinale a Zé Filho sua saída para disputar o Senado. Essa equipe tomará conhecimento de informações sobre obras em andamento, planejamento de futuras ações e sobre o que já está previsto no Orçamento.
Zé Filho terá um governo de 9 meses. Para Freitas, não é tempo suficiente para imprimir um ritmo próprio, mas é possível deixar uma marca administrativa. "Ele vai é preparar o orçamento do próximo ano. Acho que é fazer o Estado funcionar bem para fazer a população saber que o Estado está funcionando bem. Dá tempo deixar sua marca", diz.
Sobre a composição da nova equipe, Freitas afirma que Zé Filho tem tomado cuidado, já que ainda não há uma definição. "Ele tem tido o cuidado de não avançar o sinal. A comissão foi colocada por ele para nós procurarmos saber informações administrativas do governo, mas ele não convidou ninguém para secretaria porque ele só vai fazer convite no momento em que o governador afirmar a ele que vai sair", comenta.
Secretarias
Freitas considera que todos os órgãos são importantes para quem está administrando o Estado. Porém, algumas pastas devem ser concedidas a partidos que compõem o grupo numa forma de garantir a governabilidade.
Outras pastas possuem importância fundamental e são estratégicas para um governo. Por isso, os nomes a assumirem devem ser de indicação e confiança do governador.
Freitas elencou Fazenda, Saúde, Educação, Governo, Comunicação e Segurança Pública. Essas devem ter nomes de confiança de Zé Filho.
Candidatura
O ex-governador, sob o argumento de que "o esforço é desproporcional ao reconhecimento", considerou remota a possibilidade de ser candidato esse ano. Freitas lembrou que o Piauí lhe elegeu para mandatos em vários cargos e não sente mais desejo em disputar.
"Apesar de não ter ânsia de disputar porque o Piauí já me deu tudo, já fui mais do que pudia ser. Mas, há sempre uma insistência para quem é da vida pública. Mas o esforço é desproporcional ao reconhecimento que você vai ter. O sistema político de hoje não me seduz", declara.
Leilane Nunes
leilanenunes@cidadeverde.com
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