A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu para 30%,
segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (29) pelo jornal
"Folha de S.Paulo". O número de eleitores que consideram o governo bom
ou ótimo caiu 27 pontos percentuais desde o início dos protestos no
país. Há três semanas, a aprovação era de 57%. De acordo com o
instituto, é a maior queda de popularidade registrada desde o início da
gestão Dilma.
A pesquisa foi realizada na quinta (27) e sexta (28) com 4.717 pessoas,
em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais
ou para menos. É a segunda vez desde que a presidente assumiu o cargo,
em 2011, que sua avaliação cai acima da margem de erro da pesquisa. Em
março, o índice de aprovação do governo atingiu 65%.
O percentual de pessoas que consideram a gestão Dilma ruim ou péssima
passou de 9% para 25%, segundo a pesquisa. A nota média da presidente,
numa escala de 0 a 10, caiu de 7,1 para 5,8.
Os entrevistados pelo Instituto Datafolha também avaliaram o desempenho
da presidente em relação aos protestos. O levantamento apontou que,
para 32%, a postura de Dilma foi ótima ou boa. Outros 38% julgaram como
regular e 26% avaliaram como ruim ou péssima.
Diante das manifestações em centenas de cidades brasileiras, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento na TV
no dia 21 de junho e propôs aos 27 governadores e aos 26 prefeitos de
capitais convidados por ela para reunião no Palácio do Planalto, no dia
24, a adoção de cinco pactos nacionais: por responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte, e educação.
Plebiscito
A pesquisa Datafolha mostra ainda que 68% dos entrevistados apoiam a
ideia de um plebiscito para consultar a população sobre questões ligadas
à reforma política. Outros 19% disseram que Dilma agiu mal ao propor a
ideia, e 14% não souberam responder.
O instituto diz ainda que 73% dos pesquisados são favoráveis à criação
de uma constituinte para elaborar uma reforma política. Sobre esse tema,
15% mostraram-se contrários à proposta.
Economia
O Datafolha também avaliou a expectativa dos entrevistados em relação à
inflação: 54% acham que o índice vá aumentar. No último levantamento,
51% afirmaram acreditar no aumento. Para 44% o desemprego vai crescer,
enquanto na pesquisa anterior o índice era de 36%. Segundo o instituto,
38% acreditam que o poder de compra do salário vai cair, aumento de 11
pontos percentuais em relação ao último levantamento.
Fonte: G1
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