Busto de José de Moraes Correia |
Localizado próximo aos
portões que descerram a entrada principal da Federação das Indústrias
do Piauí, à Rua Riachuelo, este busto simboliza a justa homenagem dos
industriais piauienses a uma das mais notáveis personalidades
parnaibanas, fundador e primeiro Presidente da FIEPI (1955-1956), e que,
por longas décadas, esteve à frente da empresa que possuiu o maior
complexo industrial do Piauí: Moraes & Cia; esta que foi uma das
pioneiras do estado na comercialização e exportação de sabonetes
“Glicerol” e “Moraes”, cera de carnaúba, centrífugas, óleo de oiticica,
silicato de sódio, dentre outros.
Filho de Jozias Benedito de
Moraes com Joana Rita de Moraes Correia, José de Moraes Correia nasceu
em Parnaíba no dia 19 de março de 1895. Iniciou os estudos na terra
natal, tendo como professora a mesma mestra de Humberto de Campos e
Berilo Neves, D. Marocas Lima. Depois seguiu para o Recife, onde estudou
de 1906 a 1907 no tradicional Instituto Ayres Gama, este que foi a
mesma casa do saber para Waldemar de Oliveira, diretor, autor, tradutor
compositor, arranjador, regente, crítico, ator e cenógrafo, fundador do
Teatro de Amadores de Pernambuco e Teatro do Estudante do Brasil.
No ano seguinte, a família do
José de Moraes Correia o envia a Portugal, para, em Lisboa, estudar o
curso comercial. Em 1910, segue para a Inglaterra, fixando-se, por pouco
tempo, na cidade de Ilkley, em Yorshire, tendo, lá, aperfeiçoado as
técnicas comerciais e o conhecimento da língua inglesa. Através de
acordos firmados entre a empresa de seu pai, Ribeiro, Moraes &
Santos, nos anos de 1911 e 1912 trabalhou para a Camberlain Deaner &
Co. (a mesma que ofertou à família Clark, parceira comercial no Brasil,
aquela que teria sido a primeira bola de futebol do Piauí).
Federação das Indústrias do Piauí - FIEPI Parnaíba - PI |
Ainda no ramo do comércio e
indústria, fundou uma empresa de navegação “Empresa Moraes de Navegação
Costeira S.A.”, cujo navio “Jozias Moraes”, para linha de Luís Correia
ao Rio de Janeiro, com escala em Recife, possuía uma capacidade para 700
toneladas.
Na vida associativa, foi
Presidente da Associação Comercial de Parnaíba, Presidente do Sindicato
das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado do Piauí, Diretor
Regional do SESI (1955-1966), Presidente do Conselho Regional do SENAI
(1955-1966), membro do Conselho de Representantes da Confederação
Nacional da Indústria e Sócio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais
de Parnaíba.
Segundo Caio Passos, um de seus
biógrafos, autor, inclusive, que nos serve de base para este ensaio, “O
Coronel Zeca Correia penetrou em todos os setores da vida parnaibana, no
louvável intuito de bem servir à sua terra natal e ao Piauí”, assim se
refere Passos à fundação do Parnahyba Sport Club, ao primeiro automóvel
do Piauí, primeiro rádio-receptor do estado, à construção da Usina
Elétrica em Amarante, dentre outras importantes e cívicas campanhas em
favor de Parnaíba, como, por exemplo, a manutenção do nome da cidade, em
razão da antiga resolução que abolia os topônimos no País.
Casou-se, em 1917, com Almira
Basto Correia, filha do primeiro médico parnaibano formado, João Maria
Marques Basto, e com ela teve oito filhos. Faleceu no Rio de Janeiro no
dia dois de abril de 1978. Além do busto, Parnaíba lhe presta homenagem
emprestando seu nome a uma artéria urbana, que se inicia na Avenida
Princesa Isabel e segue até o fim do Bairro Santa Luzia.
Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: O Piaguí
Fonte: O Piaguí
Vejam a qualidade dos nossos lideres de outrora e os de hoje. Quanta distancia. Onde ja estivemos e onde estamos. Apesar dos avanços gerais, Parnaiba ainda e uma cidade de pensamento miudo, bem diferente da Parnaiba de antigamente. Sem saudozismo, mas percebendo a necessidade mobilizar a sociedade para novos processos!
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