O papel das ASICs e das substâncias capazes de bloquear sua ação são importantes pistas para novos tratamentos contra a dor.
O veneno desta serpente, uma das maiores da África, é fatal em humanos.
As pesquisadoras francesas analisaram componentes do veneno e isolaram dois peptídeos, proteínas que são capazes de suprimir a sensação de dor, inibindo algumas ASICs.
"Esses peptídeos, que chamamos 'mambalgines', não são tóxicos em ratos, mas produzem um forte efeito analgésico", no local e no sistema nervoso central, "que pode ser tão forte quanto a morfina", explicaram em um estudo publicado na revista científica britânica Nature.
Segundo o estudo, estes 'mambalgines' apresentam menos efeitos colaterais: nenhum sinal de insuficiência respiratória foi constatado nos ratos, com um nível de rejeição muito mais baixo do que o da morfina.