À equipe do Blog do Pessoa,
Tendo em vista o período da Semana Santa, envio-lhes, em anexo, artigo
de minha autoria para apreciação e possível publicação em vosso blog.
Respeitosamente,
Claudiomar Ferreira de Medeiros Filho
Parnaibano, Teólogo, Editor do blog ARENA DA TEOLOGIA
(www.arenadateologia.blogspot. com)
Tendo em vista o período da Semana Santa, envio-lhes, em anexo, artigo
de minha autoria para apreciação e possível publicação em vosso blog.
Respeitosamente,
Claudiomar Ferreira de Medeiros Filho
Parnaibano, Teólogo, Editor do blog ARENA DA TEOLOGIA
(www.arenadateologia.blogspot.
Estando bastante alheio quanto ao significado teológico da morte do Filho de
Deus, o mundo, nestes dias, faz referência – ressalte-se que muito tímida –
apenas aos fatos históricos que envolvem o calvário de Jesus. Assim, aqui
faremos uma reflexão acerca do motivo pelo qual Cristo teve de encarnar-se como
homem e morrer sendo inocente.
Tudo se deu por uma questão de necessidade da redenção, resgate, emenda, reparo do homem diante de uma ofensa praticada contra Deus.
Quando se ofende alguém, a razão
nos evoca o entendimento de que, por justiça, seja praticado pelo ofensor um
ato de reparação diante do ofendido. Este ato reparador é o preço que se paga
por se ter violado a dignidade daquele a quem se ofende. Deve ser um ato de
magnitude proporcional à ofensa praticada. E a ofensa se reveste de diversos
graus de acordo com as circunstâncias e contra quem se pratica. É certo que uma
ofensa disparada por um torcedor a um juiz de futebol, nos ânimos de uma
partida, não seja equivalente a uma ofensa contra um juiz de direito em um
tribunal. Analogamente, um ato de desafeição de um filho para com seu pai lhe
traz mais consequências do que quando isso se dá com um parceiro de
brincadeiras. Dá pra imaginar então o que se dá com uma ofensa a Deus? Ofender
a Deus, seu criador, fez recair trágica consequência sobre a criatura, pois, o ato
reparador que se exige deve ser proporcional à dignidade do ofendido.
Eis que o mundo, e nele o homem,
foram criados por Deus em seus desígnios e em um projeto perfeito.
Infinitamente bom, o Criador presenteou gratuitamente o homem que era nada e
passou a existir e a submeter o mundo criado.
Com o pecado original, o homem subestimou o ordenamento que Deus lhe havia concebido. O homem ofendeu aquele Ser infinitamente perfeito. Sendo criatura, atentou contra o Criador. Sendo limitado, atentou contra Aquele que é infinito. Fez desmoronar uma estrutura que jamais poderia reerguer sozinho. Por forças próprias não poderia jamais praticar um ato individual para se recompor, pois era necessário um ato de amor de valor infinito para emendar-se diante do ato de desamor ao Deus infinito. Somente um homem de natureza divina poderia realizar esse ato de amor infinito.
Com o pecado original, o homem subestimou o ordenamento que Deus lhe havia concebido. O homem ofendeu aquele Ser infinitamente perfeito. Sendo criatura, atentou contra o Criador. Sendo limitado, atentou contra Aquele que é infinito. Fez desmoronar uma estrutura que jamais poderia reerguer sozinho. Por forças próprias não poderia jamais praticar um ato individual para se recompor, pois era necessário um ato de amor de valor infinito para emendar-se diante do ato de desamor ao Deus infinito. Somente um homem de natureza divina poderia realizar esse ato de amor infinito.
Foi, pois, assim que a segunda
pessoa da Santíssima Trindade - Deus Filho - assumiu forma humana no seio da
Virgem Maria e na terra cumpriu sua missão, outrora já profetizada. Provou ser
divino, venceu a morte, fundou sua única Igreja, e ofereceu seu sacrifício como
sendo esse ato de amor infinito a Deus Pai que era necessário para refazer o
gênero humano do erro cometido pelo próprio homem. Jesus morreu por nós, e só
Ele poderia com esse ato de amor de valor infinito oferecê-lo como resgate para
que o homem pudesse retornar à situação em que se encontrava antes do pecado.
Aquele pecado inicial do primeiro homem, o pecado original, que acometeu toda a
descendência de Adão foi então redimido pelo sacrifício de Cristo e passamos a
ter acesso a essa redenção pelo batismo, que nos liga ao Corpo Místico de
Cristo.
A entrega de Cristo na cruz foi o bastante para agradar a Deus Pai mais que todos nossos pecados podem desagradá-lo. Mas, é preciso estar juntos com Cristo para usufruirmos dos méritos que Ele nos conseguiu. Nossas ofensas individuais atingem a Deus, mas podemos ter parte nos méritos do sacrifício de Cristo se buscarmos os bens espirituais que provêm destes méritos e que Ele nos concede através da sua Igreja pelos sacramentos. É, pois, no sacramento da confissão que nos emendamos das nossas faltas individuais.
Jesus morreu por nós. Temos agora
a possibilidade de nos reerguer diante de Deus e caminhar ao seu encontro.
Façamos nossa parte.
Jesus morreu por nós. E não foi em vão sua morte. Uma multidão de santos já usufruiu dos méritos que Cristo conquistou, e hoje gozam das delícias do céu. Unamo-nos a eles.
E quantos possam ainda desprezar Cristo, a sua cruz, a sua morte, os
seus ensinamentos e a sua Igreja, permanecem na condição de ofensores de Deus e
arcarão com os prejuízos eternos de sua postura se não a refizerem antes da
morte.
por Claudiomar Ferreira de Medeiros Filho,
parnaibano, teólogo, editor do blog ARENA DA
TEOLOGIA (www.arenadaeologia.blogspot.com)
Edição Blog do Pessoa