25 de nov. de 2013

Família, jovens e as redes sociais: onde nos perdemos?!(*)

Em menos de 10 dias, pela mesma motivação, dois casos tristes chocaram o Brasil, um no Rio Grande do Sul e outro no Piauí. Uma adolescente de 16 anos cometeu suicídio em Veranópolis, na serra gaúcha, após ter fotos íntimas divulgadas na internet. E, aqui em Parnaíba-PI outra jovem de apenas 17 anos também tirou a sua própria vida. Ela foi encontrada morta após ter um vídeo íntimo compartilhado nas redes sociais. 

A exposição das imagens configura uma violação da privacidade?! Segundo a mãe da jovem parnaibana, em entrevista ao “Fantástico” por telefone, disse que não sabia o que estava acontecendo com a filha. “Ela não demonstrou nada, nada. Todo adolescente tem o direito de ser adolescente. Eles são inconsequentes mesmo. Essa exposição toda, do vídeo, da imagem da minha filha, é uma violação.”

Vários casos foram mostrados pela reportagem da Globo em que jovens gravaram um vídeo de sexo e tiveram as imagens compartilhadas pela internet e todo o drama por eles vivido. A jovem, 
envergonhada após o compartilhamento do vídeo, se despediu da mãe em uma rede social. “Eu te amo, desculpa eu n ser a filha perfeita, mas eu tentei... desculpa, desculpa eu te amo muito(...) guarda esse dia 10.11.13”, postou a garota. 

A mensagem foi postada através do Instagram e do Twitter dela. O caso levanta a polêmica, justamente pelo dano que as redes sociais vêm causando aos jovens, que não aprenderam ainda a lidar com a ferramenta e acabam caindo em armadilhas. É cada vez mais comum notícias sobre o vazamento de vídeos íntimos, que mudam a vida dos protagonistas por completo, e alguns acabam chegando ao extremo, como os casos das adolescentes de Parnaíba e de Veranópolis. 

A morte destas jovens serve ainda de alerta para todos nós, especialmente aos que são pais. Como 
anda nossa relação com nosso(s) filho(s)? É importante que estejamos mais próximos dele(s), saber das suas 

amizades, o que estão fazendo. Ter disposição e tempo para acompanhá-lo(s). Não é necessário entrar na intimidade, mas ter um mínimo de conhecimento do que se passa com o(a) filho(a).

Numa errônea postura, às vezes damos ao jovem ou adolescente a condição de tomar as suas 
próprias decisões e se comportarem da maneira que pensam com relação às pessoas e a tudo o que o mundo oferece. Porém nos esquecemos, que o adolescente ou jovem é imaturo, ainda não conseguiu formar opinião própria e se deixam facilmente serem influenciados por opiniões e atitudes de outras pessoas, espelhando-se em indivíduos que aparentemente são felizes agindo de forma de que tudo podem, tudo convém e nada lhes é proibido.

Nós pais devemos tomar muito cuidado com relação à liberdade atribuída aos filhos, ela não pode ser demais, porém também não pode ser de menos, A conversa franca, honesta e muito diálogo, são fundamentais no desenvolvimento dos adolescentes e jovens. Devemos contribuir na formação das opiniões dos nossos filhos, caso contrário outras pessoas a formarão ou a deformarão.

Outra reflexão que cabe aqui diz respeito ao nosso estilo de vida. Nos dias atuais, devido aos acontecimentos infelizes que assolam o Planeta, é muito comum ouvir as pessoas dizerem: “O mundo está 

perdido!”. Um olhar superficial pode, de fato, causar essa impressão. Mas o mundo não está perdido. O mundo está na mais perfeita harmonia. O sol cumpre sistematicamente o seu papel, sem alarde. A Terra oferece todos os recursos da sua intimidade, que possibilitam a vida das criaturas, em constante harmonia. 

As sementes germinam, a floração acontece, os rios seguem seus cursos e os animais atendem os objetivos que o Criador estabeleceu, com equilíbrio harmônico. Portanto, o mundo não está perdido. O homem é que está perdido. O homem é que se esquece da sua condição de filho de Deus e se debate na busca de ilusões que mais o distanciam da felicidade almejada. 

Esquecido da sua condição de filho da Luz, o ser humano se atormenta nas trevas, e acaba se precipitando nos despenhadeiros dos mais variados vícios. O mundo não está perdido... Nós é que perdemos o rumo!

Existe uma relação direta entre a imersão do jovem no mundo da “perdição” e a qualidade da vida familiar que se vive. Não hesito em dizer que se o nosso tempo é o tempo da “perdição” é porque a qualidade da vida familiar se diluiu. Vivemos um momento de desagregação da família, e desta 
desagregação surge como conseqüência direta a imersão dos jovens nesse mundo “perdido”, sendo a “perdição” meramente circunstancial.

(*) Fernando Gomes, sociólogo, cidadão, eleitor e contribuinte parnaibano.

Parabenizar a jovem Joyce Katrine pela bela cerimonia realizada pelo SESI.

Joyce  e a professora Sivana Leodido.

Celebrando entre amigos: Joyce, Jaqueline Amaral, Socorro Fontenele, Cilene e Monica Pessoa.

O abraço carinhoso da madrinha.

CONVITE - Inauguração da 1a Etapa da ZPE de Parnaíba

Palestrante do Salipa Marina Colasanti escreve em jornal mineiro um relato sobre passeio ao Delta

Alcenor Candeira, Marina Colasanti e Affonso Romano de Sant'Ana no Dela do Parnaiba
Alcenor Candeira, Marina Colasanti e Affonso Romano de Sant’Ana no Dela do Parnaíba.
A escritora Marina Colasanti, que proferiu palestra no terceiro dia do IV Salão do Livro de Parnaíba(Salipa) escreveu uma crônica publicada no Jornal O Estado de Minas exaltando o Delta do Parnaíba que ela conheceu na companhia do marido, também palestrante do Salipa Affonso Romano de Sant’Ana, e de organizadores da festa literária parnaibana. Entre outras coisas ela reconhece Parnaíba como a capital do Delta. Leia o que ela escreveu.

Onde o rio abre seus dedos

Marina Colasanti, escritora
 Há cidades que são conhecidas por terem uma ponte extensa sobre um rio, ou por  um antigo convento, ou por estarem à beira de um lago. Parnaíba, no litoral do Piauí, é conhecida pela uma brisa deliciosa e constante, e pelo Delta. Mas como a brisa é provocada por aquela  geografia de dunas e águas, Parnaíba é, acima de tudo, a “Capital do Delta”.
“O que é delta?”, me perguntou uma amiga a quem falei dele. Se eu fosse professora teria respondido que delta é um terreno de aluvião, geralmente triangular, localizado na foz dos rios. Mas não o sendo, disse que delta é a ramagem do rio, onde ele se abre para o mar como uma árvore se abre para o céu.
E, embora eu saiba que os rios se ramificam porque estando o mar, obviamente, ao nível do mar, não há declive que ajude a manter a água doce coesa, não há profundidade para o leito, e o rio tem que procurar sua vazão por outros caminhos, pensei que o rio abre os seus dedos na chegada para agarrar-se  à terra, ser rio ainda, e doce, por algum tempo, antes de ser engolido pelo mar e sumir em tanto sal.
Que força tem o mar entrando rio adentro quando a maré sobe! Enfrentam-se os dois entre ondas, água de rio empurrando de um lado, que mais água vem atrás e ele não pode recuar, água de mar forçando do outro, que o oceano sobe e exige espaço. Pequenos barcos de vela quadrada navegam sua mansidão nessa luta de águas, e algumas lanchas turistas.
Numa delas, singrei (mestre Aurélio Buarque costumava dizer que devemos dar oportunidade às palavras, para elas poderem sair do dicionário) os igarapés. Ali, naqueles veios verdes e escuros, tudo é silêncio. Vimos um grupo de macacos numa árvore e surpreendentemente gritaram para nós, excitados pela lancha vermelha, mas animais são raros. A água parece estagnada, a vegetação das margens, sem terra firme para afundar raízes, deixa as suas à mostra, pendentes como uma cerca que afunda no barro. No barro vivem os caranguejos.
Ao fim do passeio, no píer, passou por mim um homem levando por uma corda duas grandes bolas  semi vivas. Eram caranguejos. Ele os carregava com esforço e desatenção, como se carrega um fardo qualquer. E embora os bichos com suas pinças parecessem inertes, eu os sabia vivos, pois é o frescor que justifica o seu preço. Não sei qual técnica antiga se usa para amarrá-los daquele jeito, de modo que espremidos uns contra os outros nem possam se mover, mas há de ser dolorosa para eles que antevêm seu fim. E não sei de quem tive mais pena, se daqueles animais que mal nenhum fazem e se vêm agarrados na proteção do seu habitat, para perder a vida, ou se do homem que passa os dias metido até o peito na lama fria, afundando o braço à procura de caranguejos para ganhar a sua. À noite, no restaurante, foi-me impossível comer casquinha.
E no Delta estão as dunas. Coisa mágica são as dunas, curvilíneas, mas com aresta no dorso por onde o vento as desloca grão a grão. É olhar para elas contra a luz, e ver a quase poeira que é seu corpo sendo levada em vôo. Entra na roupa, nos olhos, range nos dentes, suspeito tê-la levado sob a pele. Em Parnaíba tentaram proteger as dunas colocando cercas para impedir o turismo predatório, mas não há como cercar o que o vento move, e já parte dos mourões e arame foram engolidos.

Alunos do SESI recebem Sacramento da Crisma em celebração emocionante



 Consciente da importância da missão evangelizadora junto às crianças e adolescentes, a Escola Integrada Dep. Moraes Souza, localizada no município de Parnaíba, oferece aos seus alunos há mais de 10 anos, preparação para o sacramento da Primeira Eucaristia. Neste ano, pela primeira vez, a escola realizou a cerimonia de Crisma com a participação de 40 alunos. A celebração aconteceu na noite deste domingo (24), na Igreja de Santa Luzia, no Bairro Planalto.

O Sacramento da Confirmação ou Crisma é a ratificação do Batismo e sinal da maturidade cristã. Assim, a Crisma é uma opção pessoal do cristão que quer vivenciar verdadeiramente sua fé.

Segundo a professora Silvana Leódido, responsável pela disciplina de orientação religiosa, o colégio e a família devem trabalhar em parceria para que o jovem tenha uma boa preparação. “O nosso trabalho conta com  uma equipe eficiente, se doando para que possamos ter um resultado tão bonito como este que presenciamos nesta noite.”

Monica Pessoa
ASCOM FIEPI

IMAGENS DA CELEBRAÇÃO DA CRISMA EM PARNAIBA.










Colombiano é preso pela PRF sem documentos e com cédula de real suspeita de falsificação

Equipe de Policiais Rodoviários Federais do posto da PRF da rodovia BR 343, saída para o município de Altos/PI, detiveram, na tarde deste domingo (24), um colombiano que não portava documentos e tinha consigo um nota de R$ 50 suspeita de falsificação.
A abordagem ocorreu na Av João XXIII, prolongamento da Rodovia Federal BR 343, centro urbano de Teresina/PI. Os agentes da PRF retornavam da Central de Flagrantes da Polícia Civil onde apresentaram um motorista que dirigia embriagado.
Ao avistarem um motociclista que pilotava sem capacete, deram ordem de parada, que não foi atendida. A equipe acompanhou o condutor até abordá-lo, mais adiante. Restou constatado se tratar de um colombiano que não portava documentos de identificação. Levava como passageira sua namorada brasileira.

Quando os policiais realizaram busca pessoal, encontraram com o condutor uma nota de cinquenta reais que apresentava sinais de falsificação. Considerando que o fato envolve pessoa estrangeira e dinheiro supostamente falso, a ocorrência foi encaminhada à Polícia Federal.
Comunicação Social - PRF/PI

Telefonia móvel, internet e meia- entrada: temas de duas audiências públicas na Câmara

Os vereadores de Parnaíba voltam a realizar, esta semana, audiências públicas para discutirem problemas da comunidade parnaibana. Desta feita será para tratar sobre o Projeto de Lei nº 3.652/2013, que institui a meia entrada para os professores e demais trabalhadores em educação; a outra tratará de telefonia móvel e internet em Parnaíba. As audiências serão realizadas dias 26 e 28, respectivamente.

           Câmara Municipal realizará duas novas audiências públicas
Sobre a meia entrada a expectativa é em torno da participação dos empresários do setor de transportes e promoção de eventos, que poderão desejar saber quem complementará a parte que eles deixarão de receber, o que, certamente, não será a Prefeitura. Todos foram convidados a participar.
Quanto à audiência pública da internet e telefonia móvel, o vereador autor da proposta, Carlson Pessoa, foi pessoalmente a Teresina, entregar os ofícios de convocação para a deputada estadual Juliana Moraes Souza, que faz parte da comissão da CPI da Telefonia Móvel; ANATEL, empresas da Vivo, Claro, TIM e Oi Velox. A audiência pública proposta será realizada no dia 28 de novembro, às 9h, na Câmara Municipal de Parnaíba.
“A população parnaibana vai ter mais uma oportunidade de se pronunciar sobre os serviços dessas operadoras de telefonia em Parnaíba. Todo o material será encaminhado para a comissão de deputados da Alepi. A participação e os relatos dos clientes são fundamentais para que a CPI alcance seu objetivo, que resultará na melhoria dos serviços”, comentou Carlson Pessoa.
Autor de quase 50% de todas as audiências públicas realizadas desde o início de 2013, o vereador e líder do PSB avalia como muito satisfatório o resultado das sessões. Até novembro deste ano, a Câmara Municipal de Parnaíba já promoveu aproximadamente 15 audiências, número superior ao registrado nas últimas décadas.

FORÇA TÁTICA ESTOURA BOCA DE FUMO NO BAIRRO MENDONÇA EM PARNAÍBA

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Uma equipe da Força Tática da Polícia Militar de Parnaíba, composta por Sargento Muniz e pelos Cabos Alexandre, Guedelho e Rivelino, que teve o apoio da Viatura do Comando da PM em Parnaíba, estourou uma boca de fumo no Bairro Mendonça Clark. A aluna Ana Cláudia do Curso de Formação de Cabo também fez parte da equipe de apoio do Tenente Coronel Sousa.
O estouro da boca fumo que funcionava na Rua Projetada 74 aconteceu por volta das 12 horas, lá os policiais encontraram 25 pedras de crack, R$ 365,00 (trezentos e sessenta e cinco reais) em cédulas e R$ 2,45 (dois reais e quarenta e cinco centavos) em moedas, além da tampa de uma balança de precisão.
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Segundo o Sargento Muniz que conversou com a reportagem do Portal F5, tudo aconteceu quando a Força Tática realizou a abordagem em um viciado (consumidor) e acabou chegando a boca de fumo e encontrando a droga, o dinheiro e um casal: Ana Cláudia Silva Lima de 28 anos e John da Silva Borges de 21 anos.
A drogas, o dinheiro e o casal foram levados para a Central de Flagrantes no Bairro São Benedito.
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Por Gilson Brito

Deputada Juliana participou de entregas de bicicletas do programa "Pedala Piauí" na Cidade de Parnaíba.

Deputada Juliana Moraes Souza na ultima sexta feira participou de entregas de bicicletas do programa "Pedala Piauí" na Cidade de Parnaíba. "Fiquei muito feliz em ver a alegria dessas crianças e adolescentes do Colégio Liceu Parnaibano que receberam neste fim de semana, 140 bicicletas do Programa Pedala Piauí do Governo do Estado".




Jovem de 19 anos perde a vida em acidente de moto


Por volta das 22h45min de ontem (24/11), um acidente envolvendo moto na estrada vicinal que liga a localidade de Rancho Baixo à localidade Belém município de Cocal, deixou o saldo de uma vitima fatal.
A vítima fatal trata-se de Romário Machado da Silva, de 19 anos, que residia em Brasília e estava passando uns dias em férias na região.
Romário, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no local, uma outra jovem que vinha na garupa ficou gravemente ferida e foi transferida para pronto socorro do HEDA no início da madrugada. O corpo da vítima foi removido para o IML em Parnaíba na manhã de hoje, onde deverá ser periciado e liberado.

Homem é preso em motel com menina de 14 anos, em Parnaíba

Emanuel Cardoso dos Santos, 29 anos, foi autuado em flagrante por volta das 18h30min de domingo (24) sob acusação de estupro de vulnerável contra uma adolescente de 14 anos de idade, em um motel do bairro Piauí, em Parnaíba. Em seguida, foi encaminhado da Central de Flagrantes para a delegacia do 2º Distrito Policial.

Uma guarnição da Polícia Militar comandada pelo subtenente Wilton Alves de Araújo foi acionada através da Central de Operações Policiais Militares (COPOM) dando conta de que um homem teria entrado no motel com uma adolescente. Os policiais foram até o estabelecimento e o recepcionista indiciou o quarto onde estaria o casal. Quando os dois saíram do quarto, foi dada voz de prisão a Santos. Ele reagiu e foi algemado a força e conduzido à delegacia.


 Edição do Jornal da Parnaíba | Por Daniel Santos/Proparnaiba

Veículo capota na curva do Pirangi e casal escapa ileso

A policia registrou um acidente de trânsito por volta das 10h45min de hoje (25/11) na mortífera curva do Pirangi no município de Buriti dos Lopes, localizada as margens da BR 343, onde um veículo modelo Logan da Renault, procedente de Teresina, que seguia de Parnaíba para capital, capotou e deixou o casal que vinha no automóvel sem nenhum ferimento, apesar do Samu comparecer ao local para socorrer as vítimas.

O veículo ficou com as roda para o ar após capotar na curva do Pirangi.


Casal que seguia no veículo acena para fotos por sair ileso no acidente
Curva do Pirangí onde muitos já perdera a vida em acidentes



Edição do Jornal da Parnaíba | Por Jr Catita/Fotos: Diárioburitiense

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Época, IstoÉ e Veja usam Caso Júlia para alertar sobre 'Internet e sexo'

As edições das revistas Veja, IstoÉ e Época que chegam às bancas nesta semana, trazem o debate sobre o tema da exposição na internet, pautados nos casos envolvendo as jovens Julia Rebeca, piauiense achada morta após a divulgação de um vídeo íntimo via WhatsApp, e ainda da gaúcha Giana Laura, de Veranópolis, que também decidiu tirar a própria vida depois que conteúdos íntimos foram parar na web.
O tema é capa da edição de Época, que debate sobre o uso vingativo desse tipo de conteúdo e a fragilidade da legislação para a punição desse tipo de crime, já que estes ainda não são claramente previstos no Código Penal existente. As reportagens trazem ainda o depoimento de Fran, que virou “meme” na internet depois que m vídeo de sexo foi parar em mãos erradas. Ela acabou sendo obrigada a mudar quase tudo na vida, se isolar e hoje luta contra o assédio violento pelo preconceito contra o sexo.
VEJA NAS REPORTAGENS DIVULGADAS
*Trecho de Época
Sexo, chantagem e internet
O suicídio de duas adolescentes depois do vazamento de imagens íntimas acordou o Brasil para os perigos da exposição nas redes sociais. Faltam leis para punir quem divulga vídeos e fotos. Falta controle das empresas
As estudantes Giana Laura, de 16 anos, e Júlia Rebeca, de 17 anos, nunca se conheceram. Separadas pela extensão geográfica do país – Giana em Veranópolis, Rio Grande do Sul, e Júlia em Parnaíba, litoral do Piauí –, suas histórias se cruzaram nas manchetes da imprensa, por causa de um desfecho trágico. Com apenas quatro dias de diferença, as duas jovens se mataram, pela mesmíssima razão. Elas haviam descoberto que imagens íntimas delas, compartilhadas com pessoas em quem confiavam, se multiplicavam pela internet. Envergonhadas e desesperadas, totalmente inexperientes, decidiram fugir de uma situação que lhes parecia intolerável. Ao escolher o suicídio, tornaram-se vítimas, mais um par de vítimas, de um perigo assustadoramente próximo da nova geração: a exposição excessiva na internet, e suas terríveis consequências.
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As circunstâncias em que as imagens foram divulgadas ainda estão sob investigação. A polícia de Parnaíba apura como um vídeo de poucos segundos, em que Júlia aparece numa relação sexual com uma jovem e um rapaz, se difundiu num aplicativo de bate-papo usado em celulares, o WhatsApp. “É provável que ela mesma tenha compartilhado com alguns amigos num grupo do aplicativo”, afirma o delegado Rodrigo Moreira Rodrigues, da Delegacia Regional da Polícia Civil de Parnaíba. Em Veranópolis, a polícia suspeita que um amigo de 17 anos de Giana enviou a alguns colegas uma imagem da garota com os seios desnudos, capturada por webcam numa conversa entre eles, há seis meses.
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As mortes de Giana e Júlia soam como tragédias repetidas. Casos semelhantes se sucedem em outros países. Nos Estados Unidos, Jesse Logan, de 18 anos, se suicidou, em 2008, depois que seu ex-namorado divulgou fotos nuas feitas por ela. No ano seguinte, Hope Witsell, de apenas 13 anos, tomou a mesma decisão quando fotos dela seminua foram divulgadas em sua escola, e ela virou alvo de bullying. Com o acesso quase universal a celulares e tablets, divulgar flagrantes de momentos privados é uma questão de poucos – e irresistíveis – cliques. Fotos que revelam o corpo e vídeos de momentos a dois são capturados por câmeras cada vez mais poderosas e enviados ao parceiro ou pretendente, como parte do jogo de sedução. Ou como prova de confiança. A prática, comum entre adolescentes no mundo inteiro, ganhou até nome: “sexting”, um neologismo formado pela mistura das palavras sexo e texting (o ato de mandar mensagens de texto pelo celular).
*Reportagem de Istoé
Vingança mortal
Dois casos de adolescentes que se mataram após terem sua intimidade exposta na rede mostram o quanto os jovens são suscetíveis a esse tipo de crime virtual e como a legislação brasileira ainda é falha
Um levantamento realizado pela ONG SaferNet Brasil, especializada em crimes cibernéticos, revelou que, neste ano, 34% dos jovens entre 16 e 23 anos já namoraram pelo menos uma vez pela rede usando ferramentas de produção de vídeo. O registro de cenas íntimas, seguido da divulgação nas redes sociais, tem causado sérias consequências para as vítimas, como o abandono da vida escolar, humilhações e, em situações mais extremas, o suicídio. O caso mais recente aconteceu na quinta-feira 14, em Veranópolis, no Rio Grande do Sul. Uma jovem de 16 anos se matou depois de descobrir que o ex-namorado teria espalhado imagens dela seminua nas redes sociais. De acordo com o delegado Marcelo dos Santos Ferrugem, responsável pelo caso, os culpados serão enquadrados no Estatuto da Criança e do Adolescente, que considera crime grave a divulgação de fotos e vídeos de crianças e jovens em situação de sexo explícito ou pornografia. No caso da menina de Veranópolis, o principal suspeito é um jovem que teve o nome gravado no chat utilizado para registrar as imagens.
Julia Rebeca tinha 17 anos e foi achada morta enrolada no fio da chapinhaJulia Rebeca tinha 17 anos e foi achada morta enrolada no fio da chapinha
Quatro dias antes da morte da adolescente gaúcha, outra garota experimentou o mesmo drama. Em Parnaíba, no Piauí, Júlia Rebeca, de 17 anos, foi encontrada morta em seu quarto após ter um vídeo íntimo publicado na internet. As imagens da menina tendo relações sexuais com um garoto e outra adolescente vazaram nas redes sociais e foram distribuídas por celulares. A polícia continua apurando o caso, mas como a jovem foi encontrada pela tia com um fio de uma prancha alisadora enrolado no pescoço, a principal hipótese é a de suicídio. Retraída nas últimas semanas, Júlia escreveu uma mensagem de despedida em seu Instagram e no Twitter: “É daqui a pouco que tudo acaba”. Para a secretária-adjunta de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Rosangela Maria Rigo, a divulgação de conteúdos íntimos pela internet é um crime que equivale à violência doméstica. “Casais podem filmar a vida íntima, o problema é quem tem o controle dessas imagens.”
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Se antes a maior ameaça vinha de desconhecidos que invadiam os dispositivos móveis e espalhavam fotos íntimas, os casos mais recentes mostram que o risco agora vem do namorado ou do marido que, ressentido com o término do relacionamento, está disposto a tudo para se vingar. O fenômeno cresceu tanto que ganhou um nome, “pornovingança”. Aconteceu em 2006 com a paranaense Rose Leonel. Sete anos depois de ser exposta por um ex-namorado, ela ainda se lembra do sofrimento. “Ele pedia constantemente para fazermos fotos íntimas até que um dia eu aceitei, para agradá-lo.” Rose conta que eles chegaram a gravar CDs com imagens e vídeos. “Ele prometeu que guardaria tudo em um cofre.” Mais tarde, descobriu que o ex-namorado negociou a abertura de um site com fotos suas por R$ 1 mil. Rose terminou o relacionamento e a ameaça veio em seguida: “Ele disse que destruiria minha vida.”
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A paranaense perdeu emprego, amigos e nunca mais saiu de casa sozinha. Até que, em março deste ano, criou a ONG Marias da Internet, para dar apoio psicológico e jurídico a mulheres que foram vítimas de crimes cibernéticos. “Recebo denúncias frequentemente por telefone e redes sociais e quero fazer alguma coisa para ajudar as pessoas a enfrentar esse problema”, diz. Outro triste caso que ganhou notoriedade no País foi a exposição de um vídeo íntimo de Francyelle dos Santos Pires, de 19 anos, que vive em Goiânia. Mãe de uma menina de 2 anos, ela teve de mudar a aparência e parar de trabalhar depois de ser massacrada por mensagens na internet. “Não tenho mais vida, não consigo sair, estudar nem trabalhar”, afirma. A suspeita é de que a divulgação tenha sido feita por um ex, Sérgio Henrique de Almeida Alves, de 22 anos. Para o presidente da ONG SaferNet Brasil, Thiago Tavares de Oliveira, a legislação para punir os responsáveis por crimes virtuais ainda engatinha no País. “O Brasil vive um vácuo no que diz respeito à privacidade na rede.”
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Duas propostas, no entanto, foram lançadas recentemente para diminuir a incidência desses crimes. Um projeto em tramitação no Congresso Nacional quer estender a Lei Maria da Penha para delitos virtuais. Ele prevê que qualquer divulgação de imagens, informações, vídeos ou áudios obtidos a partir de relações domésticas, sem o consentimento da mulher, passe a ser entendido como violação de intimidade. Em outubro, o deputado federal Romário (PSB-RJ) também apresentou um projeto de lei que criminaliza a publicação indevida de vídeos. “O criminoso se aproveita da vulnerabilidade gerada pela confiança da pessoa”, diz ele. Para Tamara Biolo Soares, diretora de Direitos Humanos e Cidadania de Justiça da Secretaria de Justiça do Rio Grande do Sul, a sociedade pode ajudar, desautorizando a prática. “As pessoas não podem naturalizar e compartilhar crimes como esses.”
*Reportagem da VejaPunição psicológica Tanto no caso de Giana quanto de Júlia, a polícia investiga os responsáveis pela disseminação das imagens, ambas consentidas. Giana foi vítima de um garoto com quem trocava mensagens no Skype e para quem mostrou os seios na webcam. O rapaz capturou a imagem e repassou para outros cinco amigos. Foi o suficiente para a foto de Giana, nua, se espalhar pela internet.
No caso da piauiense, pelo ângulo como o vídeo foi captado, presume-se que foi Júlia quem filmou toda a ação, mas a Polícia Civil do Piauí ainda investiga a morte. Os condenados nesses casos podem responder por até três crimes, produzir, armazenar e divulgar esse tipo de material, previstos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Desde 2008, foram estabelecidas três penas diferentes para quem capta, armazena e distribui imagens de sexo envolvendo crianças e adolescentes. Juntas, essas penas vão de oito a dezoito anos de reclusão. Nos últimos quatro anos, a Polícia Federal prendeu cerca de 300 pessoas envolvidas nesses crimes.
O rigor jurídico previsto para casos envolvendo adolescentes desaparece, entretanto, quando se trata de vítimas maiores de idade. Nesses casos, os culpados respondem pelos chamados crimes contra a honra, injúria e difamação, previstos no Código Penal com pena que varia de três meses a um ano. A defesa da goiana Fran Santos, de 19 anos, tenta enquadrar o ex-namorado Sérgio Henrique Alves, de 22 anos, na Lei Maria da Penha por agressão, após ele ter divulgado vídeo íntimo do casal. Ele nega ter distribuído o vídeo.
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Aceitação social
A busca por reconhecimento público é exacerbada na era da internet. Na adolescência, essa necessidade de aceitação é ampliada. É por meio dela que os jovens constroem a própria identidade, testando as reações provocadas por seus comportamentos. “Quando essas relações sofrem um abalo, o sofrimento é enorme porque quase toda a vida social dos adolescentes está relacionada à internet. Para eles, a imagem pública tem mais valor até do que a percepção de si mesmo. A morte social hoje na internet é sinônimo de morte literal”, diz o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor da ONG Safernet.
Não é preciso um fim trágico para casos de vazamento de imagens de sexo envolvendo adolescentes ser passível de sofrimento para toda a família.
A PF aponta algumas dicas para não ter sua intimidade divulgada:1-PrevençãoSegundo orientações da ONG Safernet Brasil, para evitar ter a privacidade devastada nas redes sociais, o ideal é não produzir fotos íntimas no ambiente virtual. Apesar de representar uma restrição ao livre uso da internet, a recomendação é válida já que o controle sobre qualquer conteúdo virtual é praticamente impossível. “Você colocaria fotos íntimas no mural da escola ou sairia distribuindo em um shopping center? E por que então fazer isso na internet, espaço que também é público?”,reflita.
2-Aliciadores
Desconfie sempre de desconhecidos que pedem para receber fotos ou se comunicar por meio da webcam em salas de bate-papo ou em redes sociais. Nunca se tem certeza de quem está do outro lado. Aliciadores agem ganhando a confiança da vítima e, depois, manipulam imagens enviadas inocentemente e fazem montagens para chantagear. Nessas situações, bloqueie o usuário e acione a polícia.
3-Criptografar
Existem serviços que criptografam mensagens e impedem pessoas desautorizadas de acessar seu conteúdo. A medida é útil para quem quiser exercer o poder de sedução por meio da internet com segurança.
4-Denuncie
No caso de receber via internet qualquer tipo de conteúdo pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes, deve-se prestar queixa à polícia por se tratar de um crime. A denúncia pode ser feita no Disque 100 (canal de comunicação do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos), em qualquer delegacia ou ao conselho tutelar mais próximo.
5-Peça ajuda
Toda vítima de vazamento de fotos íntimas na internet deve procurar orientação de um advogado após fazer denúncia à polícia. Se alguém conhecido estiver passando por isso, o encoraje a denunciar.
6-Ao vivo
É preciso ter cuidado ao usar a twitcam (ferramenta que permite usuários do Twitter transmitir conteúdos ao vivo). O que é dito ou exibido na rede pode ser visto instantaneamente por pessoas do mundo inteiro, inclusive as más intencionadas.
7-Ajuda profissional
Caso passe pelo constrangimento de ter fotos íntimas espalhadas pela internet, é importante procurar um psicólogo para enfrentar a situação. O cyberbullying pode ser devastador para a autoestima, o que pode causar depressão e estresse pós-traumático.
Fonte: Com informações de Época, Istoé e Veja
Publicado Por: Apoliana Oliveira
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