Mão Santa foi o governador que ficou na história do Piauí como o governante que mais valorizou a educação, usando sempre o lema: “não se desenvolve uma cidade, um estado ou um país, se o povo não tiver acesso à educação”. Junto com o secretario de educação, Ubiraci Carvalho, acabou nas escolas públicas estaduais a triste informação ”não há vagas”. Se não tinham vagas, elas eram criadas. Ao sair do governo deixou o ensino médio implantando em 99% das cidades piauienses.
Havia outro problema que foi enfretado pelo então governante com garra e resultados altamente positivos. A formação universitária não chegava até o filho dos mais pobres. Eram poucas as vagas no Piauí, geralmente ocupadas pelos alunos provenientes das melhores escolas. Quem não passava no vestibular da federal, mas o pai tinha dinheiro, mandava o filho estudar em outras cidades. Os de menor renda, acabavam sem nenhuma chance de adquirir formação superior. Mão Santa analisando o caso, orientou o reitor da Universidade Estadual, professor Jônathas Nunes e deu as condições para a UESPI crescer. Eram 15 apenas cursos em todo Piauí e quando Mão Santa deixou o governo, a UESPI já era uma universidade gigante e competitiva com quase 400 cursos implantados de norte a sul. Um trabalho fantástico, no qual o então senador Alberto Silva elogiava dizendo que o seu conterrâneo Mão Santa foi o governante que mais investiu e engrandeceu o setor educacional do estado piauiense.
Em sua cidade natal, Parnaíba, Mão Santa implantou os cursos de Odontologia, Agronomia, Enfermagem, Laboratório de Informática, toda área de educação, inaugurou a Academia de Oficiais da Policia Militar, e o curso mais desejado na época pela juventude estudiosa, que foi o Direito. Para se ter uma ideia da importância disto, antes de Mão Santa, o curso de direito que tinha no Piauí era apenas o da UFPI em Teresina, capital do estado.
Para funcionamento da Faculdade de Direito em Parnaíba o prédio da Unidade Escolar Miranda Osório foi totalmente restaurado pelo governo estadual conforme normas tecnicas devido ser um imóvel histórico e entregue à UESPI. Na inauguração, o escritor Lauro Correia usou proferiu um discurso emocionado relatando que aquela implantação do Curso de Direito no ‘Miranda Osório’ era um novo fato histórico da cidade, pois aquele local já era um símbolo da história da educação em Parnaíba.
O renomado e respeitado diretor do curso, prof. Mariano José Martins, apesar de todo esforço, foi obrigado este ano a transferir os alunos para umas salas no fundo da UESPI, com condições bem precárias, porque o histórico Miranda Osorio, há 13 anos sem manutenção adequada, apresenta sérios problemas estruturais. O piso de assoalho está ruindo. O teto com goteiras e perigo de desabamento. Cupins invadindo toda área, rebocos caindo e muitos buracos nas paredes. Faltam estantes na biblioteca, livros encontram-se espalhados. Sem suprimento de fundos e sem a atenção do reitor, o tradicional prédio da faculdade de direito está ameaçado a acabar.
É inadmissível que um imóvel histórico que faz parte da memoria da nossa cidade, esteja entregue ao descaso, com risco de desabar. Logo em uma universidade, aonde estão pessoas de formação acadêmica respeitável, ignorando o valor do majestoso prédio que precisa ter a sua história preservada especialmente no setor educacional.
Como responsável pela ampliação da UESPI em todo Estado e pela criação dos cursos de direito, Mão Santa teve orgulho de ver a Universidade Estadual avaliada pelo MEC como a 3ª melhor universidade pública em qualidade de ensino no país.
Em 2011, o respeitado advogado Dr. Roberto Cajuba, postou na mídia matéria informando a boa noticia de que o curso de direito da UESPI havia sido incluído entre os melhores do Brasil.
Solicitava a reforma do histórico prédio, para continuar abrigando esta conceituada unidade superior de ensino público.
As autoridades precisam tomar providências, recuperar o tradicional Miranda Osório é respeitar a história de lutas e conquistas de Parnaíba.Fonte Portal do Delta