Jovem leva tiro na perna por desentendimento por causa de uma fogueira. O agressor é policial
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Antônio Tadeu de Brito Júnior |
Na madrugada de domingo (12), por volta de 01h30 no Conjunto Residencial Raul Bacelar, o jovem Antônio Tadeu de Brito Júnior, 26 anos, foi ferido na perna por um tiro que partiu da arma do PM Rilson Guedelha por desentendimento em torno da fumaça de uma fogueira.
Segundo Antônio Tadeu, promotor de vendas de cosméticos, encontrava-se na residência de amigos no Residencial Raul Bacelar, realizando um churrasco em torno de uma fogueira, quando tiveram a fogueira apagada por uma mangueira, na alegativa de que a fumaça incomodava a residência em que se encontrava um grupo de pessoas. O rapaz que apagou a fogueira, pegou, em seguida, uma pá utilizada para colocar carvão na fogueira e começou a jogar terra na fogueira e, perguntou quem tinha feito a fogueira. Antônio disse ter sido ele, ao que o rapaz perguntou se ele sabia com quem ele estava falando. Antônio respondeu que não e disse ter percebido que ele estava querendo confusão. Adentrou na residência do amigo e, em seguida, o vizinho voltou e chamou Antônio para fora.
Antônio relatou ao ter dito que não era de briga, não queria confusão. Em seguida, foi surpreendido por um tiro na perna. Antônio informou que, sequer percebeu que ele estava armado e que no momento em que foi alvejado, se encontrava na porta da residência do amigo, enquanto o agressor se encontrava no cercado da casa.
Gilvane da Silva Machado, promotor de vendas de gêneros alimentícios, estava na companhia de Antônio e disse que ficou apavorado e pegou o celular pra ligar pra central solicitando uma viatura, quando foi surpreendido pelo agressor que tomou o celular de sua mão, chegando inclusive a atingi-lo no rosto, tal a violência do gesto e, disse que era policial e que podia ligar pra quem quisesse que não ia dar em nada.
Antônio foi socorrido pelo SAMU e encaminhado para o Hospital Dirceu Arcoverde, onde foi feita a limpeza no local e um raio-x, que constatou a fratura no osso e que a bala ficara alojada na perna esquerda. Antônio informou, ainda, que o Hospital marcou a cirurgia para retirada da bala na quinta-feira (16). A família de Antonio Brito tentou registrar a ocorrência no mesmo dia mais os DPs estavam fechados, sendo atendidos na Central de Flagrantes onde receberam uma requisição para exame pericial de corpo e delito.
Na manhã desta segunda-feira (13), Antoônio Brito, acompanhado de seu advogado, Vicente Ribeiro, foi até o 3º distrito, na tentativa de registrar queixa contra o policial e de lá foram encaminhados ao 2º distrito, mas não conseguiram registrar queixa. Em seguida, Antônio foi encaminhado à consulta médica que o direcionou para cirurgia de retirada do projétil na Clínica Santa Edwirges.
O Proparnaiba.com entrou em contato com o Batalhão de Polícia e foi informado pelo Cel. Edson que foi registrado no livro de ocorrência do batalhão que, no dia 12, às 1h30 aconteceu um desentendimento por fumaça de vegetação cortada, próximo a residência da Quadra H1 do residencial Raul Bacelar e que o PM Rílson Guedelha encontrava-se na casa prejudicada pela fumaça e que o pessoal prejudicado tentou apagar o incêndio. Os causadores do incêndio colocaram mais combustível no fogo.
O PM Rílson tentou intervir no sentido de apaziguar a situação quando, três elementos partiram contra a integridade física do PM, armado de faca e uma pá e que se vendo cercado, o PM efetuou um disparo que atingiu a perna de Antônio Tadeu. O PM foi representado na Central de Flagrantes onde prestou depoimento, sendo liberado em seguida. O Cel. Edson informou que, o batalhão vai abrir inquérito para apurar a veracidade dos fatos, para que sejam tomadas as devidas providências.
Por Dora Rodrigues/Proparnaiba
Edição: Blog do Pessoa