O Beach Park e a
Embrapa lançam hoje, em Fortaleza, o Selo Caranguejo Verde. A ideia do
Selo é resultado de pesquisa da Embrapa, que identificou novas técnicas
de extração e transporte do caranguejo-uçá, vindo do mangue do Delta do
Rio Parnaíba (PI).
A partir de agora, caranguejo
bom é o que tem o selo verde. A Embrapa Meio-Norte lança nesta
quinta-feira (21-10), à tarde, no Beach Park, o maior parque aquático do
Nordeste, na praia Porto das Dunas, no município de Aquiraz, na Grande
Fortaleza, o selo Caranguejo-Verde. É a certificação de bares, barracas,
restaurantes, veículos que transportam os animais e pontos de venda do
crustáceo vivo.
O selo, segundo o pesquisador
Jefferson Legat, “é a garantia de que os caranguejos foram capturados,
estocados, manuseados e transportados de acordo com a tecnologia
desenvolvida pela Embrapa”. Essa tecnologia assegura menores taxas de
descarte, menor impacto ambiental e melhor bem estar dos animais.
E tem mais: esse selo garante
inclusão social, já que o uso da tecnologia requer mais tempo do catador
no trabalho, reduzindo, assim, as taxas de desperdício e um melhor
preço, pois, de acordo com o pesquisador, há a garantia de que o
caranguejo chegará vivo ao destino final. Para receber o selo, é preciso
também assegurar que o animal não é resultado de trabalho infantil.
Jefferson Legat lembra que,
entre 25% e 55% dos caranguejos capturados hoje no Delta do rio Parnaíba
e levados para a cidade de Fortaleza, morrem durante o transporte. E
para frear esse desperdício e os impactos negativos no ambiente, na
economia e na vida dos catadores, a Embrapa criou uma tecnologia para
captura, estocagem e transporte de caranguejos. A tecnologia reduz as
taxas de mortalidade para valores inferiores a 5% .
E por que o lançamento do selo
caranguejo-verde em Fortaleza? Segundo as estatísticas, 95% do
caranguejo capturado no Delta do rio Parnaíba é comercializado na
capital do Ceará. Hoje, o caranguejo que sai dos estados do Piauí e
Maranhão para Fortaleza é valorizado e alcança excelente preço. Nos
bares e barracas na orla da capital cearense, uma corda com seis
caranguejos não sai por menos de R$ 35,00.
Todo ano, quase mil toneladas –
ou 6 milhões – de caranguejos são capturados no Delta do rio Parnaíba.
Os estados do Piauí e Maranhão detém 66% da produção nacional de
caranguejos. Os municípios de Ilha Grande, no Piauí; e Aroazes, no
Maranhão; se destacam na produção. Pelo menos 4.500 pessoas sobrevivem
como catadores desse crustáceo na região Meio Norte. Mais informações
com o pesquisador Jefferson Legat, pelo telefone (86) 8836-7266.
As informações são da assessoria
de imprensa da Embrapa Meio-Norte.
Edição: Jornal da
Parnaíba
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