
Fiquei estarrecido com o pôster da leitora pedindo a censura da festa “Gaiola das Popozudas” só por causa das músicas. Sabemos que a nova geração já nasce sem limites e que somente a educação é o caminho para uma boa convivência entre pais e filhos. O respeito, confiança e a cumplicidade entre eles é, em minha opinião, a melhor lei do universo. Sem isso, a depravação, orgias e uso de drogas por exemplo, acontecerá até mesmo durante uma valsa inglesa, pois diz o ditado popular que “Tudo que é proibido se torna mais gostoso”, reprimir não adianta, educar é o caminho.
Com relação às letras das músicas, confesso que são fortes realmente, porém, já estamos de certa forma adaptados a tanta imoralidade na mídia em geral, ao ponto que mais uma ou menos uma, não fará a menor diferença, até porque a própria sociedade como um todo vem adequando novos fatores ao conceito de moralidade.
Quem nunca ouviu alguns destes trechos:
Axé: “Bota a mão no joelho, dá uma abaixadinha, vai mexendo gostoso balançando a bundinha...” “Vai saindo da boquinha da garrafa...”
Forró: “Se eu te pego de jeitinho, Do jeito que eu tô afim, É tome, tome, tome, Tome, tome, tome amor sua danadinha...” “Ela sai de saia, De bicicletinha, Uma mão vai no guidon, E a outra tapando a calcinha”
Qual é o problema desta simples festa de funk? As Popozudas são artistas profissionais e somente cantarão ali, não farão sexo com a platéia.
Não podemos permitir que ideas de censuras sejam propagadas desta forma, se a moda pega as festas de forró, onde as genitálias de ambos os sexos são estimuladas ao orgamos devido ao “rala coxas”, também serão proibidas. E o carnaval então, hein? E qual música não faz apologia a alguma coisa ou mesmo mensagens subliminares?