17 de abr. de 2014

Mero (E. itajara) é registrado na praia da Pedra do Sal, em Parnaíba-PI


 Nesta última terça-feira, 15, biólogos do projeto Senhor das Pedras, patrocinado pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com o projeto Sociobiodiversidade da Ilha, financiado pela Tropical Forest Conservation Act-TFCA, geridos pela Comissão Ilha Ativa-CIA, registraram o primeiro exemplar do peixe mero (Epinephelus itajara) na praia Pedra do Sal, localizada no município de Parnaíba, Piauí.
O projeto executa suas ações desde agosto de 2013 e envolve pesquisa e conservação na Área de Proteção Ambiental-APA Delta do Parnaíba. Para o início de suas atividades a equipe recebeu capacitação do projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras, através do programa Petrobras Ambiental, que realiza estudos sobre a espécie em diversos pontos do litoral brasileiro.
O mero de aproximadamente 0,73cm foi capturado acidentalmente por pescadores quando realizavam a pescaria do ariacó. De acordo com as informações, o peixe foi fisgado a 23 metros de profundidade por meio de linha e anzol e não foi possível salva-lo. A equipe foi acionada e o exemplar entregue voluntariamente durante o acompanhamento do desembarque pesqueiro realizado pelos biólogos. 
Segundo a coordenadora do projeto, bióloga Kesley Paiva, a confiança estabelecida entre os pesquisadores e pescadores artesanais, permitiu com que estes repassassem o material. “Por meio de nossas atividades, verificamos que os pescadores da Pedra do Sal conhecem e respeitam a lei nacional que proíbe a captura, transporte e comercialização do mero, mas não entendem as causas que o acometeram à ameaça de extinção. Assim, estas informações também são repassadas a comunidade, que passa a colaborar cada vez mais, tornando-se parceira do projeto e da espécie”.

“O registro dessa ocorrência é de extrema importância, pois as informações sobre o mero no Piauí ainda são escassas. Esse material nos fornecerá diversos dados e será analisado por pesquisadores do projeto e outras instituições. Isto também reforça a importância e necessidade de continuação das ações, buscando mais parceiros para a proteção do mero na APA Delta do Parnaíba, comenta a coordenadora de campo”, bióloga, Liliana Souza.  

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