Brasil passou de credor a “emprestador”?
Na verdade, o Brasil continua devedor do FMI. Em acordo sempre vantajoso para o FMI, o governo Stalinácio, na gestão Antonio Palocci Filho no Ministério da Fazenda, apenas pagou, adiantado, os juros da dívida com o Fundo. Na operação pouco transparente, o FMI substituiu o contrato do empréstimo - que era em dólar com os juros de 6% ao ano – por uma cotação em real, com juros mensais em torno de 18%. O valor da dívida só Deus sabe quanto é. O Brasil tem um diretor no FMI: Murilo Portugal, ex-secretário do Tesouro Nacional.
“O governo brasileiro deveria investir mais na área social, principalmente em saúde e educação, e em infra-estrutura, em vez de anunciar aporte financeiro para o Fundo Monetário Internacional (FMI)”. Foi o que afirmou o presidente do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon/RJ), Paulo Sergio Souto: "Com as brutais dificuldades que estamos tendo, não só na economia, mas especialmente no funcionamento da sociedade, fazer propaganda que agora podemos emprestar para o FMI chega a soar de muito mau gosto. No meu ponto de vista, é quase uma ironia com o sofrimento de milhões de brasileiros que necessitam de melhores serviços de educação, saúde, previdência, transportes públicos, moradia popular”.
O economista lembrou que o FMI foi uma das agências internacionais que são, de alguma maneira, “co-responsáveis por toda essa desordem financeira que ocorreu no mundo”.
Fonte: Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 05 de Outubro de 2009.
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