Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores
“INTEGRA O GRUPO DE RISCO”
Em pedido de revogação de prisão preventiva apresentado à Justiça pela defesa do jornalista Arimatéia Azevedo a promotora de Justiça Gianny Vieira de Carvalho opinou de forma favorável pela prisão domiciliar para o profissional de imprensa.
Azevedo encontra-se preso na penitenciária Irmão Guido acusado do crime de extorsão qualificada, tendo como prova um print de conversa entre terceiros, com suposto pedido de dinheiro para pessoa alheia ao jornalista.
Em seu parecer a promotora cita o estado de saúde frágil do fundador do Portal AZ. “(...) O Requerente apresentou diversos exames médicos corroborando as alegações expendidas quanto à fragilidade de sua saúde, com comorbidades preexistentes, tais como hipertensão arterial sistêmica, diabetes, dentre outras, de modo que exige cuidados especiais. Desse modo, há comprovação de que o Requerente integra o grupo de risco”, traz o parecer.
O jornalista foi recolhido à prisão na última quinta-feira (7). É a segunda vez que Arimatéia Azevedo é preso sob a acusação de extorsão qualificada.
As prisões vêm sendo questionadas e tachadas de medidas arbitrárias, vez que não existiriam provas concretas da ocorrência de crime ou do envolvimento do jornalista.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) chegou a publicar matéria sobre o caso afirmando que o jornalista foi preso tendo como única prova para justificar o encarceramento um “print de tela de conversa de WhatsApp”.
“Não há nada que relacione o jornalista à suposta tentativa de extorsão praticada por Rony Samuel em 2021”, sustentou a associação nacional.