Nas localidades Pilões, em Floriano, Pitombeira e Ansiada, em Nazaré do Piauí, as condições de trabalho encontradas pela força-tarefa não foram muito diferentes. Trabalhadores bebendo água de poço, a maioria sem EPIs, sem banheiro e ganhando diária equivalente a R$ 45.
“A nossa intenção é garantir que o ambiente de trabalho nessas localidades de extração da palha e pó da carnaúba seja seguro e saudável para o trabalhador. Afinal, sabemos que o produto rende muito lucro na ponta dessa cadeia produtiva. E quem trabalha para extrair essa riqueza precisa ter, no mínimo, seus direitos respeitados”, disse Carlos Henrique Leite.
Nada se perde – A Carnaúba é uma das principais espécies extrativas do semiárido nordestino. As tarefas envolvidas nesta cultura envolvem a retirada (corte ou poda) das folhas, a secagem e a “batida” das folhas (extração do pó). A atividade de extração do pó da folha da carnaúba está concentrada basicamente nos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, de onde sai praticamente toda a produção brasileira.
Os produtos extraídos da carnaúba produzida unicamente no Brasil são utilizados em diversas indústrias do Estados Unidos, Europa e Japão. Além da destinação já conhecida nas indústrias da construção civil, cosméticos, lubrificantes automotores, impermeabilização de produtos alimentícios, a cera da carnaúba é utilizada ainda na fabricação de chips de computadores e de códigos de barra.
Fonte: ASCOM - MPT-PI
Publicado Por: Fábio Carvalho