Blog do Pessoa

17 de fev. de 2015

Bloco do Sabiá arrasta foliões no primeiro dia de Carnaval em Barra Grande

O tradicional Bloco do Sabiá animou centenas de foliões nas ruas de Barra Grande na tarde desse sábado, 14 de fevereiro. Com muito bom humor, homens se vestiram de mulher para brincar no bloco de rua, que percorreu as principais do principal destino turístico do município de Cajueiro da Praia.

Ao som de “Allah-lá-ô”, “Aurora” e outras famosas marchinhas carnavalescas, o bloco, idealizado por Francisco Dias da Silva, conhecido Sabiá, reuniu muitos moradores e turistas de Barra Grande, incluindo crianças e idosos, no clima de descontração do mela-mela.

Vestido com a bandeira do Brasil, o bem-humorado morador Sabiá puxou o bloco, e garantiu que não é preciso pagar nada para participar da festa. Segundo o organizador, a iniciativa se transformou no maior bloco da região, reunindo muita gente no sábado e terça-feira de Carnaval.

A Prefeitura de Cajueiro da Praia disponibilizou uma equipe da Secretaria de Saúde para dar suporte aos brincantes na “Folia de Momo”. A prefeita Vânia Ribeiro disse que o único excesso aceitável em Barra Grande é o da alegria. “Muitas famílias se fantasiaram para prestigiar o tradicional bloco do Sabiá. Por onde passou, a folia levou diversão. O Carnaval de Cajueiro da Praia reflete o espírito festivo e irreverente da população local”, destacou.

Edição do Jornal da Parnaíba

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DELTA DO PARNAÍBA - GUARÁ

Essa espécie vive essencialmente em manguezais (Foto: Carlos Alberto Coutinho / TG)

CONFIRA GALERIA DE FOTOS

Nome Científico: Eudocimus ruber
Família: Threskiornithidae
Ordem: Pelecaniformes
Distribuição: Litoral norte do Brasil e algumas ocorrências em mangues de São Paulo e Paraná, além de países como Trinidad e Tobago, Colômbia, Venezuela e Guianas.
Alimentação: Pequenos caranguejos, insetos e caramujos.
Reprodução: Postura de dois ou três ovos de cor cinza com manchas marrons.
Conservação: Vulnerável.

O guará apresenta uma coloração vermelha marcante, resultado do alimento a base de caranguejos (chama-maré ou sarará, e o maraquani), caramujos e insetos. Os caranguejos têm ligação com a cor do guará.

O vermelho das penas dessa ave se deve a um pigmento chamado “cataxantina”, que é um derivado do caroteno. O caroteno, por sua vez, é o responsável pela cor da cenoura e da casca dos caranguejos e camarões, mais evidente quando cozidos. Os guarás são capazes de absorver o pigmento de suas presas e acumulá-lo em suas penas, tornando-as vermelhas. Daí ser considerada uma das aves mais belas vistas no Brasil.

O guará mede entre 50 e 60 centímetros, possui um bico alongado e fino, com uma leve curvatura na ponta. Esse “desenho” o possibilita capturar pequenos caranguejos escondidos nos mangues, o seu habitat natural.

A espécie vive em pequenos bandos de adultos, ou até mesmo solitariamente, sempre nas marés baixas. Os imaturos e subadultos procuram se agrupar num bando separado. Nas marés montantes, repousam em cima das árvores dos manguezais. Reúnem-se sempre ao pôr do sol.

É a ave nacional de Trinidad e Tobago, mas também foi uma das primeiras a serem registradas nas cartas dos colonizadores portugueses aqui no Brasil. Ela também é conhecida como íbis-escarlate, guará-vermelho, guará-rubro ou guará-pitanga (do tupi, “ave vermelha”). Curiosamente, na época de reprodução, o guará troca sua penugem por uma mais escura.