Os servidores das 14 empresas que compõem o sistema Eletrobras, entre elas a Eletrobras Distribuição Piauí e mais três empresas de geração, transmissão e distribuição de energia, entraram em greve nesta segunda-feira por tempo indeterminado. Em Parnaíba a maioria dos trabalhadores cruzaram os braços, de acordo com o Diretor Chefe do Sindicato dos Urbanitários de Parnaíba, Chagas, 90% da categoria aderiu a greve, e apenas os serviços básicos estão em funcionamento, respeitando a lei de greve.
Chagas explica que já houveram diversas rodadas de negociações, mas sem resultado. A última reunião ocorreu no dia 11 de julho em Brasilia, depois de uma paralisação de 72 horas, entre os dias 04, 05 e 06 deste mês. Por esse motivo a greve foi declarada. “A nossa data base é 1° de maio, esperamos até agora e não conseguimos nada, o jeito foi fazer greve”. Comentou.
A Eletrobras, a exemplo do que vem sendo alegado pelo Ministério do Planejamento nas demais negociações com os servidores federais, afirma que a contenção de gastos é necessária diante dos possíveis efeitos da crise. A FNU/CUT (Federação Nacional dos Urbanitários) e os sindicatos garantem que o abastecimento de energia elétrica para os consumidores estará garantido durante a greve, através do trabalho de equipes destacadas para a operação mínima do sistema.
A expectativa é que haja uma reunião até quinta-feira (19). Entre as reivindicações estão Reajuste Salarial (com reposição da inflação, mais a média do crescimento do consumo de energia e ganho real), que pode chegar a 10,34%, mais abono salarial e plano de saúde para os aposentados. O objetivo da paralisação é forçar o governo a estender o prazo das negociações por mais 30 dias.
Campanha:
Na última quarta-feira (12), durante o Congresso Nacional da CUT (CONCUT), em Sâo Paulo, o plenário aprovou a Campanha de apoio a queda de tarifas de energia elétrica através da renovação das concessões das empresas do setor cujos contratos vencem a partir de 2015. A CUT e sua Federação Nacional dos Urbanitários defendem que, em lugar de abrir novas rodadas de privatização dessas empresas, o governo deve renovar o contrato com as concessionárias que já as operam – a maior parte dessas concessões está em mãos da estatal Eletrobras, e outra, de companhias privadas.
Por: Denílson Freitas/Blog do Pessoa