Foi realizada na cidade de Luzilândia (ao norte do Piauí), a audiência de Instrução de todos os acusados de praticarem o assalto na Agência do Banco do Brasil daquele município no dia 03 de maio do ano passado e que culminou com a morte do gerente da referida Agência, Humberto Rodrigues Veloso e de mais dois outros assaltantes, que faziam parte do grupo, que aterrizou a cidade.
Entre os assaltantes que participaram da audiência estiveram: John Eduardo, Waldecy Machado, Elson Agostindo, vulgo Paulista e Anderson, responsável por dirigir a camionhete usada no assalto.
A referida audiência aconteceu nas dependências do Fórum Desembargador Paulo de Tarso Freitas e teve inicio por volta das 09:00 horas da manhã e só foi finalizada por volta das 21h30min.
A audiência de instrução foi presidida pelo Juiz de Direito Múcio Miguel Meira, que se fez acompanhado do representante do Ministério Público Estadual do Piauí, Promotor de Justiça João Pereira da Silva. Já a advogada luzilandense Maria de Jesus Ramos atuou na defesa de alguns dos assaltantes, uma vez que a Defensora Pública Carla Yascara, se encontra afastada de suas funções por problemas de saúde.
Durante o interrogatório quase todos os assaltantes se deram ao luxo de dizer alto e em bom som para o magistrado que nunca chegaram a trocar tiros com a Policia, pelo contrário os homens da Policia foi que chegaram atirando em direção a própria agência e depois no grupo, o que teria provocado a morte tanto do gerente como do assaltante de nome Maylson, citado nos depoimentos da maioria dos demais outros assaltantes como o homem que arquitetou todo o assalto.
Os assaltantes na oportunidades deram detalhes importantes de como tudo foi planejado até a prisão final de todo o bando. Alguns dos assaltantes afirmaram perante ao Juiz e ao Promotor que chegaram a apanhar bastante para descobrir tudo sobre o assalto, a exemplo de Elson Agostinho, o popular Paulista.
“Excelência, o que posso lhe dizer que apanhei bastante, para confessar tudo sobre o assalto e quando eles chegaram no esconderijo já vieram atirando na gente”, declarou o assaltante.
Quando perguntado pelo Juiz como foi que conheceu o assaltante Maylson morto com um tiro na cabeça, Paulista foi taxativo e disse que os dois se conheceram dentro da prisão e ao sair se encontraram no cabaré da Beth Cuscuz, localizado em Teresina, onde na oportunidade discutiram detalhe sobre o referido assalto.
“Excelência para ser sincero, eu só vim conhecer o restante do grupo algumas horas antes de acontecer o assalto, até porque o Maylson só dizia que a gente iria fazer uma parada e só isso”, falou o assaltante.
Paulista chegou a declarar para o magistrado que durante os 12 dias que estiveram escondidos em um determinado esconderijo dentro da mata, ele mais três colegas se alimentavam de sardinhas, rapadura e farinha.
“Nós não tinha nem como trocar tiros com a Policia em razão das nossas armas se encontrarem todas molhadas, devido as fortes chuvas que cairam na região, e a ordem que todos tinha era a de que não era para matar ninguém. A nossa intenção era só o dinheiro do banco e nada mais”, disse o assaltante que confidenciou ter várias passagens pela policia.
Fonte: Jornalesp
Edição Blog do Pessoa