Ex-ministro Aldo Rebelo será candidato à presidência pelo Democracia Cristã

O ex-ministro Aldo Rebelo anunciou que vai se desfiliar do MDB para disputar a Presidência da República pelo partido Democracia Cristã (DC). A pré-candidatura deve ser oficializada no dia 31 de janeiro, em São Paulo. Em maio deste ano, Rebelo esteve no centro de uma polêmica ao ser advertido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com ameaça de prisão por desacato durante um depoimento.

A saída do MDB foi comunicada à legenda na semana passada. Com uma trajetória de quatro décadas no PCdoB, Rebelo se afastou do campo da esquerda e afirma que sua proposta política estará baseada em quatro eixos: retomada do crescimento econômico, redução das desigualdades sociais, fortalecimento da democracia e reconstrução da agenda de defesa nacional. As declarações foram dadas em entrevista à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

O nome do ex-ministro apareceu na pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (16), na qual ele registrou entre 1% e 2% das intenções de voto nos cenários de primeiro turno para a eleição presidencial de 2026. Rebelo diz rejeitar rótulos ideológicos e afirma não se enquadrar como candidato de direita, esquerda ou terceira via, por não ter ligação com o que chama de “lacração ideológica”.

Apesar de reconhecer que o Democracia Cristã é uma sigla de pequeno porte, Rebelo avalia que o partido tem como diferencial a independência política. Segundo ele, a legenda não é controlada por grupos econômicos, pelo Judiciário ou por articulações do Congresso Nacional.

Atualmente, o DC é presidido por João Caldas, pai do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC. João Caldas é casado com a senadora Eudócia Caldas (PL) e irmão da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marluce Caldas.

Em novembro do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a elogiar Aldo Rebelo, afirmando que ele é “um cara fantástico em todos os aspectos”.