Faixada do mercado publico municipal da Quarenta.
No passado, em um ponto hoje conhecido por muitos parnaibanos, morava uma mulata de idade já avançada, de baixa estatura, mas de presença marcante. Ao seu lado vivia sua filha jovem, bonita e atraente, que começava a trilhar os caminhos da prostituição, uma realidade comum em tempos de desigualdade e carência.
À noite, quando os homens ricos da cidade apareciam pelo local, a velha, sempre astuta e interessada em garantir algum ganho, acompanhava a filha e, com um tom irreverente e direto, anunciava em voz alta:
“É só corenta!”
A expressão — que fazia referência ao valor de quarenta réis, moeda da época — acabou se popularizando entre os frequentadores e curiosos, batizando o lugar que, desde então, passou a ser conhecido como “A Quarenta”.
Assim nasceu uma das histórias mais pitorescas da memória popular parnaibana, onde a mistura de irreverência, economia e costumes do passado se transformou em parte viva da identidade local.
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