O juiz da 74ª Zona Eleitoral de Barro Duro, Marcos Augusto Cavalcanti Dias, indeferiu o pedido de adiamento e manteve a audiência de instrução agendada para o dia 06 de fevereiro, às 11h00, na modalidade presencial, da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o Partido Progressistas (PP) de Prata do Piauí e oito de seus candidatos a vereador nas eleições de 2024. A ação alega fraude na cota de gênero, prática que viola a legislação eleitoral brasileira.
Segundo a denúncia, o PP de Prata do Piauí teria inscrito
candidaturas femininas fictícias apenas para cumprir formalmente a exigência
legal de 30% de candidaturas femininas. Das oito candidaturas lançadas pelo
partido, duas mulheres, Antônia Rafael de Alencar da Costa e Francisca do
Amparo Ramos Rodrigues, teriam tido votação inexpressiva e não teriam realizado
campanha efetiva.
A investigação
do Ministério Público aponta que Antônia Rafael recebeu apenas 2 votos e
Francisca do Amparo apenas 16 votos, de um total de 3.145 votos computados no
município. As prestações de contas das candidatas apresentaram padrões
suspeitos, com valores idênticos e sem comprovação efetiva de gastos de
campanha. Não há evidências de que as candidatas tenham realizado atos de
campanha, seja fisicamente ou por meio de redes sociais. As fotos de registro
de candidatura, especialmente de Antônia Rafael, demonstram falta de
formalidade mínima para o ato.
A ação pede a cassação dos diplomas dos vereadores eleitos pelo
partido: José Andrade da Silva, Lucas Pereira da Silva e Josélia Alves de
Sales, e declaração de inelegibilidade por oito anos para os envolvidos
diretamente na fraude, a invalidação de todas as candidaturas apresentadas pelo
PP no Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP), e a condenação
do partido ao pagamento de dano moral coletivo no valor mínimo de R$
500.000,00, a ser revertido em favor do empoderamento das mulheres pratenses.
As audiências
do juízo eleitoral são realizadas de forma presencial na sede do Cartório
Eleitoral da 74ª Zona, localizado no município de Barro Duro-PI. O magistrado
facultou a presença de partes e testemunhas por meio virtual.
Outro
lado
Os denunciados não foram localizados pelo GP1. O espaço está aberto para
esclarecimentos.
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