Simplício Dias da Silva (1773-1829) |
Menino rico, foi criado na abastança, embora seu pai nunca tenha regularizado o relacionamento com a companheira. E com pouco menos de 21 anos de idade perdeu o genitor, herdando, assim, um avultado patrimônio que foi dividido entre ele e um meio-irmão mais moço, havido de seu pai com outra mestiça, Maria Dias, o alferes Raimundo Dias da Silva.
Mais tarde, por provisão do governador de 22 de janeiro de 1806, Simplício Dias da Silva foi nomeado comandante militar da vila de São João da Parnaíba, em cujo exercício permaneceu por largos anos.
Nesse ínterim visitou demoradamente diversos países da Europa, frequentando salões refinados e travando contato com as ideias liberais então em voga. Iniciado na Maçonaria, chamado de "refinado jacobino" usava o nome simbólico de "Filósofo Pensador," em respeito ao trabalho dos iluministas franceses. Figurado entre os ilustres maçons brasileiros, foi citado no Livro Maçônico do Centenário de 1922.
Amante das belas-artes, mantinha “banda de música composta por seus escravos, alguns dos quais educados em Lisboa e Rio de Janeiro”, informa o viajante inglês Henry Koster, que com ele travou contato em 1811. Sobre o assunto em notas ao referido livro, acrescenta o notável escritor Luís da Câmara Cascudo: “Simplício, deixando o irmão administrando, viajou para a Europa, como rapaz rico, percorrendo vários países demoradamente. Quando regressou, faleceu Raimundo, e Simplício, dono de uma fortuna vultosa, com mais de 1.800 escravos"
Fonte: Brazil Imperial
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