Maria Gabriele Fontenele |
"A direção informa que todos os reforços foram realizados para o pronto restabelecimento da menor, lamenta o ocorrido e se solidariza com familiares e amigos neste momento de dor", informou o HUT em nota.
Das oito vítimas que foram conduzidas ao hospital, a criança de 4 anos era a única que ainda seguia internada. Outras quatro pessoas, incluindo a sua mãe e irmãos, morreram após ingerir arroz contaminado com veneno.
Maria Gabriele é irmã de Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, mortos em agosto do ano passado por ingestão do mesmo pesticida. A mãe, Francisca Maria é mãe das crianças. Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, primeira vítima da tragédia é tio das crianças e irmão de Francisca. Todos os membros da família foram vítimas do envenenamento.
O principal suspeito do crime é o padrasto de Francisca Maria, mãe das crianças, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos. Ele foi preso sete dias após o crime, suspeito de ter colocado veneno no arroz que a família consumiu no almoço no dia 1º de janeiro de 2025.
Mortes em sequência
Um dia depois, Igno Davi Silva, de 1 anos e 8 meses, morreu no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, onde estava internado. Ele também era sobrinho de Manoel Leandro.
A quarta vítima da tragédia foi Francisca Maria da Silva. Ela estava internada na UTI do Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, e faleceu por volta das 3h07 da madrugada. Francisca é mãe das quatros crianças mortas por envenenamento no ano passado e neste ano. Ela também era irmã de Manoel Leandro.
Além das mortes, o envenenamento causou a internação de quatro pessoas, entre elas, Francisco de Assis, preso e tratado como principal suspeito do crime. Ele foi liberado 24h após chegar ao hospital.
Uma criança de 11 anos ficou internada no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Parnaíba, entre os dias 1º e teve alta no último final de semana. Uma mulher de 41 anos foi atendida no HEDA com sintomas de intoxicação alimentar, no dia 1º de janeiro, e liberada após ser medicada.
Uma adolescente de 17 anos foi atendida no HEDA com sintomas de intoxicação alimentar, no dia 1º de janeiro, e liberada após ser medicada.
Perícia encontra veneno conhecido como terbufós na comida
A perícia encontrou o veneno no arroz consumido pela família e que havia sido preparado e consumido durante a noite do dia 31 de dezembro. A mesma alimentação foi usada como refeição no dia 01 de janeiro, quando a família passou mal. O trabalho pericial indicou que o inseticida foi colocado na comida apenas no almoço.
"Cientificamente, o veneno dá reações até 1 hora após a alimentação, começa nesse prazo e depois vai só aumentando. Geralmente, em até 4 horas se estabeleceu o que já tinha que se estabelecer. Foi no mesmo dia [...] estamos fazendo o exame de todos. Coletamos o sangue de todos ainda no hospital, inclusive dos que morreram. Como o alimento que todos comeram já estão positivos, e o sinais e sintomas eram semelhantes, é razoável pensar, epidemiologicamente, que todos tenham aquilo", explica Nunes.
Por Jade Araujo | cidadeverde
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