O voto é contra a criação de programa federal que prevê formação a estudantes e gestores
A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) recebeu requerimento do deputado Henrique Pires (MDB) que propõe voto de repúdio à criação de programa que prevê que estudantes e gestores terão formação para o uso da linguagem neutra. A matéria foi lida na sessão plenária desta terça-feira (21) da Casa e segue para análise das comissões técnicas.
O parlamentar argumenta que a linguagem não binária, ao trocar os pronomes masculinos e femininos, “causaria impacto à aprendizagem de crianças disléxicas, além de prejudicar a comunicação entre pessoas com deficiências auditivas ou visuais”. “Caso a medida seja aprovada, as palavras ‘todos’ e ‘todas, por exemplo, seriam substituídas por ‘todes’. ‘Menino’ e ‘menina’ dariam lugar a ‘menine’”, exemplifica.
Segundo o deputado o seu gesto é político porque as alterações na lei neste tema são de prerrogativa do Congresso Nacional.
A reclamação do deputado vem a partir da aprovação de propostas contidas no relatório final da 4ª Conferência Nacional de Cultura, divulgado no início de maio. Com 107 votos, o eixo temático “Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural” foi favorável à criação de Programa Nacional de Formação Continuada de responsabilidade do poder público, que, entre diversos objetivos, visa promover a “formação para uso da linguagem neutra”.
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