Segundo distribuidora são em média 2 ocorrências por semana só no começo desse ano
O furto de cabos da rede elétrica tem se tornado um grande obstáculo para a continuidade do fornecimento de energia aos piauienses, trazendo perdas financeiras para os clientes e a economia local, além de causar prejuízos na rotina de todos. Somente na região norte do Estado – que contempla municípios como Parnaíba, Luís Correia e Piripiri – desde o ano passado, até o primeiro trimestre de 2023, já foram registradas 104 ocorrências, sendo 18 já computadas no começo desse ano, o que em média, corresponde a quase 2 ocorrências por semana.
O furto de cabos tem causado prejuízos significantes para a população, pois gera um risco de segurança, tanto para os que praticam, quanto para quem pode estar transitando no local devido a estrutura que fica exposta. Como medidas preventivas a distribuidora age implementando estratégias em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública para coibir os atos de vandalismo e com investimentos na rede elétrica, instalando equipamentos automatizados. “Nós temos investido na instalação de religadores e outros componentes para realizarmos manobras automáticas, com o intuito de impactar menos clientes quando ocorrem esses crimes”, pontua Gabriella Andrade, executiva de Manutenção da Equatorial Piauí.
De 2022 até o presente momento, em termos materiais foram extraviados 90.833 km em cabos. O valor equivalente a essa subtração de fios da rede elétrica alcança o montante de aproximadamente R$ 1,3 milhões. São valores robustos que causam prejuízos a distribuidora e também deixam de ser investidos em melhorias no fornecimento de energia, e assim em qualidade de vida da comunidade.
Essa problemática afeta também o fornecimento de energia já que, em média, 2500 clientes tem o serviço interrompido em casos de furto de cabos e o tempo para restabelecimento chega em torno de 20 horas devido a complexidade do serviço. “Muitas vezes, para agilizar o atendimento, deslocamos equipes que estão focadas em outras ações, como deslocamento de poste, manutenção e expansão da rede elétrica para atender a demanda de furto, isso acontece porque além de levar os fios, os praticantes quebram postes e danificam outros componentes da rede elétrica, o que aumenta o tempo de recomposição, pois muitas vezes temos que reconstruir parte da rede danificada”, finaliza Gabriella.
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