A pandemia afeta as eleições municipais de 2020. Não foi apenas a data do pleito que foi alterada, mas a forma de ser relacionar com o eleitor também sofreu mudanças. Os pré-candidatos reclamam que o período de pré-campanha ficou praticamente perdido e afirmam enfrentar dificuldades para terem acesso às bases eleitorais.
As eleições municipais marcadas pelo contato direto com o eleitor, deverão ser totalmente transformadas devido á pandemia. A tecnologia é uma alternativa, mas os pré-candidatos afirmam que ela não chega a todos os lugares.
“A pandemia atrapalhou tudo. Todas as relações foram afetadas. A pré-campanha também foi atrapalhada. Usamos as questões tecnológicas, fazendo videoconferências com as lideranças. É importante ter o contato pessoal com o eleitor”, afirma o presidente municipal do Progressistas, vereador Aluísio Sampaio.
O vereador Zé Filho (PSL) afirma que vereadores e eleitor correm risco. Ele critica o Congresso Nacional por ter mantido o pleito em 2020.
“É um momento complicado. Visitamos nossos amigos, com máscara e álcool gel. É muito perigosa essa situação. Algumas pessoas não querem nem receber com medo do coronavírus. O Congresso não teve coragem de adiar para 2022 e só nos resta enfrentar o risco. Não temos outra solução. Evitamos aglomerar porque o risco aumenta”, disse.
O presidente da Câmara, vereador Jeová Alencar, afirma que o desafio é substituir o chamado corpo-a-corpo, o contato direto com o eleitor.
“O vereador é o político mais perto da população. É difícil fazer uma campanha sem o contato com o eleitor. Será uma eleição diferenciada porque teremos que reduzir o número de visitas de pessoas em grupo de risco. As convenções serão em setembro, acreditamos que até lá poderemos intensificar mais esse contato. Não poderei visitar muitas pessoas da minha base porque são do grupo de risco”, afirma.
Lidia Brito\Cidadeverde
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