14 de nov. de 2019

MOÇÃO DE REPÚDIO PARA FLORENTINO NETO

Inércia de secretário provoca reação (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)Inércia de secretário provoca reação (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)
A Câmara Municipal de Teresina aprovou nesta quarta-feira (13) uma moção de repúdio ao secretário de Saúde do Piauí, Florentino Neto (PT). A moção foi proposta pelo vereador Ítalo Barros (PTC). O motivo foi o caso do paciente renal José Ramos, que deixou de adquirir um rim por falta de uma passagem que deveria ser garantida pelo Estado. Ele espera pelo transplante há 11 anos e perdeu a oportunidade devido à negligência do governo.
O vereador Stanley Freire (PL), que é paciente renal, levou o caso à tribuna da Câmara e criticou duramente a situação. O discurso dele foi aparteado por vários vereadores que também condenaram a ineficácia do secretário por não garantir a viagem do paciente para fazer o procedimento em Fortaleza. Até mesmo o vereador Dudu (PT) lamentou o episódio.
Em um aparte ao discurso de Stanley, o vereador Joaquim do Arroz se disse estarrecido com a inércia de Florentino. Para ele, perdeu-se a chance de mudar a vida do paciente José Ramos por incompetência administrativa. "Peço a atenção em relação ao governador, porque nesse caso o único erro que eu vejo no governador é apostar num gestor que não tem iniciativa, que não tem o mínimo de coração e nem capacidade de gestão", desabafou.
A moção de repúdio foi aprovada com 17 votos favoráveis. Nenhum vereador votou contra.

O QUE DIZ A SESAPI

Sobre a moção de repúdio ao secretário Florentino Neto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou ao Política Dinâmica que não vai se pronunciar.
Em relação ao episódio do paciente José Ramos, a Sesapi alega que ocorreu um "infortúnio". O órgão justifica que no mesmo fim de semana garantiu 40 passagens para pacientes do TFD (Atendimento Fora de Domicílio). No entanto, diz que tentou buscar a passagem de José Ramos, mas quando confirmada a possibilidade de efetivação do transplante em Fortaleza, as empresas áreas não tinham vagas em seus voos disponíveis.
Segundo a Sesapi, o paciente precisava embarcar às 14h e só tinha vaga no voo das 22h. A secretaria se defende afirmando que a passagem não deixou de ser comprada por omissão da administração estadual, mas devido à ausência de vagas nos voos para Fortaleza.

Fonte: Politica Dinâmica/Por Gustavo Almeida 

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