No Café com Informação desta terça-feira (01) o jornalista Arimatéia Azevedo entrevista Hérlon Guimarães, diretor da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesapi (Secretaria Estadual de Saúde). Eles discutem as causas do aumento do número de casos da microcefalia no nordeste e quis as ligações da má formação com o zika vírus.
Nos últimos meses, de setembro a novembro, já foram registrados, no Piauí, 36 casos de microcefalia. Para se ter idéia do crescimento, Em 2013 e 2014 só foram contabilizados sete casos da má formação.
Hérlon Guimarães explica que a microcefalia é uma má formação congênita caracterizada pelo perímetro encefálico diminuído (igual ou menor que 32 cm). “Hoje, com os exames de imagem, já é possível fazer o diagnóstico antes do nascimento. Nós estamos com uma comissão de estudiosos e técnicos com o objetivo de traçar um plano de ação para lidarmos com este aumento de casos de microcefalia no estado. Profissionais para orientar as famílias, exames que devem ser feitos e hospitais para encaminhar os pacientes”, explicou.
O diretor também abordou o crescente número de casos de HIV entre a população adulta jovem brasileira e falou de outras doenças sexualmente transmissíveis, que podem ser gravíssimas em caso de gravidez, como a sífilis e o citomegalovírus.
Ele também deu um panorama geral de outros agentes causadores da microcefalia, dentre eles o zika vírus. “O zika vírus pode ser um causador da má formação, mas é preciso lembrar que o consumo de álcool e outras drogas, além do tabaco, por mulheres grávidas, também pode acarretar a má formação fetal”, concluiu.
Por Cristiana Nunes
Fotos: Wilson Nanaia
Portal AZ
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