A área de meio ambiente do governo de Wellington Dias (PT) está, digamos, em desequilíbrio.
O secretário Ziza Carvalho (PROS) colocou em risco um financiamento de US$ 300 milhões (R$ 950 milhões) porque quis impor suas vontades em um projeto financiado pelo governo inglês e que tem o Banco Mundial (Bird) como agente financeiro.
A história é desastrosa, construída por uma sucessão de erros e péssimas escolhas. Começa com Ziza Carvalho desconstruindo ou minimizando a importância de uma estrutura técnica em uma área crucial para o desenvolvimento econômico do Piauí.
Um exemplo desse pouco caso foi a nomeação do ex-cunhado dele, Joaquim Antônio Silva de Oliveira, para o cargo de diretor de Meio Ambiente e segue – ainda sem terminar – com o esforço que o secretário fez para demitir o superintendente de Meio Ambiente, Carlos Moura Fé, internacionalmente reconhecido por sua capacidade técnica e compromisso com o trabalho.
Moura Fé é uma personagem que entra nessa história como Pilatos no Credo. O superintende é quem responde perante o Banco Mundial por um projeto ambiental no Sudoeste do Piauí, abrangendo os municípios de Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, Baixa Grande do Ribeiro e Santa Filomena.
O projeto de US$ 8 milhões (R$ 25,3 milhões) é financiado pelo governo inglês com interveniência do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird ou Banco Mundial). Queria o secretário que técnicos indicados por ele fossem contratados para as consultorias do projeto. Informado de que não poderia fazer valer sua vontade, foi ao Palácio de Karnak e lá deixou um ofício em que pedia a exoneração de Moura Fé.
Ato contínuo, mandou-se para Brasília para informar ao Banco Mundial que como estava destituído do cargo de superintendente de Meio Ambiente, Carlos Moura Fé não mais poderia mais responder pelo projeto na região do cerrado piauiense. Ziza Carvalho fez tudo isso sem comunicar a Moura Fé, que estava viajando.
Deu-se mal, porque o Banco Mundial o avisou que o afastamento de Moura Fé poderia comprometer não somente o projeto ambiental como o financiamento em negociação de US$ 300 milhões para uma série de políticas públicas que o governo do Piauí pretende colocar em prática a partir de 2017, quando se acredita que as negociações se concluam com o aporte dos recursos.
A tentativa de forçar a exoneração de Carlos Moura Fé foi uma patacoada sem igual, porque o secretário de Meio Ambiente contava como certa essa possibilidade, tanto que foi ao Banco Mundial para afastar o superintendente da gestão de um programa ambiental de R$ 25,3 milhões. O Bird não apenas negou o pedido como advertiu para o risco de que comportamentos administrativos nada ortodoxos poderiam resultar em prejuízo nas negociações para a concessão do financiamento de R$ 950 milhões.
OFÍCIO RASGADO
Quando a patacoada do secretário chegou aos ouvidos do governador Wellington Dias, em audiência no Palácio de Karnak, Ziza Carvalho ainda insistiu para que fosse feita a exoneração de Moura Fé. O governador rasgou o ofício na frente de Ziza, informando que a escolha de Moura Fé é uma escolha dele próprio. Assim sendo, a saída do técnico da Superintendência de Meio Ambiente depende fundamentalmente de duas vontades: a dele próprio e a do governador do Estado, que o indicou.
Quando a patacoada do secretário chegou aos ouvidos do governador Wellington Dias, em audiência no Palácio de Karnak, Ziza Carvalho ainda insistiu para que fosse feita a exoneração de Moura Fé. O governador rasgou o ofício na frente de Ziza, informando que a escolha de Moura Fé é uma escolha dele próprio. Assim sendo, a saída do técnico da Superintendência de Meio Ambiente depende fundamentalmente de duas vontades: a dele próprio e a do governador do Estado, que o indicou.
"OU ELE OU EU"?
Como Ziza colocou a questão como “ou ele (Moura Fé) ou eu”, o governador informou a ele se preferia ser exonerado naquele momento ou esperar um pouco mais. O episódio deixa azedadas as relações entre o secretário e o superintendente de Meio Ambiente, criando dificuldades adicionais para um trabalho que exige rigor e compromisso técnico.
Como Ziza colocou a questão como “ou ele (Moura Fé) ou eu”, o governador informou a ele se preferia ser exonerado naquele momento ou esperar um pouco mais. O episódio deixa azedadas as relações entre o secretário e o superintendente de Meio Ambiente, criando dificuldades adicionais para um trabalho que exige rigor e compromisso técnico.
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