A audiência pública marcada para esta quinta-feira (21/05) pelo deputado Evaldo Gomes (PTC), na Assembléia Legislativa do Piauí (ALEPI) acabou em manifestação. A intenção da audiência era discutir com a classe policial do Estado sobre o parcelamento do pagamento do reajuste salarial proposto pelo governo.
Os manifestantes fizeram barulho durante a audiência e pediram apoio do legislativo para sensibilizar o governo.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Cabo Agnaldo contou que os policiais não irão aceitar a proposta e, se não houver acordo, poderão até mesmo paralisar totalmente as operações.
“Nós viemos aqui na Assembleia Legislativa cobrar uma Lei que foi aprovada por esta Casa e homologada pelo Tribunal de Justiça, que deu aumento salarial para os Policiais Militares e Bombeiros no quarto ano. Os governos de 2012 a 2014 pagaram o reajuste. O governo do PT se nega a pagar o reajuste em sua totalidade o salário do trabalhador da segurança pública. Paramos as atividades do movimento Polícia Legal e com muita luta fizeram o acordo e o governo não quer cumprir. A Operação Tartaruga não irá nem mais existir porque o desânimo é tão grande que vai chegar a hora que não vamos segurar tropa e ela vai aquartelar, vai parar 100%”, disse.
O secretário de Administração Franzé Silva reafirmou que o governo não tinha como modificar a proposta e que a gestão vai insistir em tentar demonstrar aos policiais que o reajuste não é possível neste momento.
“O governo irá continuar com a medida. Nós estamos no limite do que é possível. O que vamos fazer é mostrar que o possível era esse valor. A Assembleia tem que estar justamente com essas categorias, com a sociedade civil organizada, colocando isso de forma transparente para a população. Não queremos greve, nem conflitos com servidores, mas também não queremos o estado inadimplente”, afirmou.
Segundo ele, o governo será transparente, tanto com os servidores quanto com a população, para que eles entendam que o governo realmente se encontra no limite.
O deputado Marden Menezes (PSDB) criticou durante a audiência os cargos comissionados, afirmando que todo dia surgem novos no Diário Oficial do Estado. E criticou ainda a reforma administrativa de Wellington Dias, que pretende criar ainda mais secretarias.
A crítica se deve ao fato de o Estado se negar a pagar o reajuste integralmente agora por falta de dinheiro e alega ter que cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O propositor da audiência, deputado Evaldo Gomes, achou que a audiência teve resultado positivo. “O que interessa no momento é que o estado não entre em greve na área da segurança. Essa greve trará um prejuízo muito grande aos piauienses que nesse momento sofrem com a violência e estão temerosos. Nós queremos sensibilizar o governador. Fizemos uma propositura para ele para que até o final dia de hoje possamos sentar com o governo e odas as categorias para que possamos ouvir do governo uma proposta real e completa”, disse.
Ele defendeu ainda a manifestação feita pelos policias “Eles não estão pedindo nada dmais, estão pedindo o cmprimento de uma Lei, que foi cumprida pelo Wilson Martins, pelo Zé Filho e esperamos que o Wellington Dias possa cumprir. Ele veio da luta do povo. Esperamos que o mesmo possa ser sensível a causa dos trabalhadores da Segurança Pública”, afirmou.
Estiveram presentes os representantes dos sindicatos dos Policiais Civis, Militar e do Corpo de Bombeiros. O deputado Robert Rios também participou e disse não ser a favor da greve, mas que também não concorda com a proposta do governo.
Publicado Por: Milenna Barros
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