Batista Filho com o novo uniforme após deixar a presidência para ser treinador do Parnahyba
(Foto: Gláucio Júnior)
(Foto: Gláucio Júnior)
Da sala da presidência do Parnahyba até a beira do gramado no comando técnico do time. A rotina de trabalho de Batista Filho teve uma reviravolta. Presidente do clube azulino, o dirigente se transformou no treinador do Tubarão, apelido da equipe, para a última rodada da fase classificatória do Campeonato Piauiense. Isso porque Paolo Rossi, o ex-técnico, foi demitido após duas derrotas seguidas no estadual. Sem tempo para contratar um substituto, a decisão de Batista fugiu à regra: se escalou como o próprio comandante do Parnahyba para o confronto contra o 4 de Julho, neste domingo, que vale vaga nas semifinais do turno.
Na sexta, o treinador-presidente fez o primeiro treino com os jogadores no estádio Verdinho, litoral do Piauí, palco da partida. Antes do trabalho tático-técnico, Batista conversou com o grupo, cobrou responsabilidade e explicou o motivo de ter saído da gestão do clube para a função de treinador.
- O Parnahyba é um time de massa, onde a cobrança é muito forte. Então, existe uma pressão. Não poderia colocar nesse momento, em que vamos disputar uma vaga na semifinal, alguém sem nenhuma experiência no comando da equipe. Aguento a pressão e acredito passar essa tranquilidade para o grupo – comentou Batista, que emenda em seguida:
- Só não me chamem para cobrar pênalti (risos)... Brincadeira, mas sempre estou aqui para ajudar na hora dos sufocos. O momento necessita – revelou.
Batista Filho, no centro, comandando treino no estádio (Foto: Gláucio Júnior)
E esses momentos de sufoco na história de Batista e Parnahyba têm uma vasta lista. Não será a primeira vez que o presidente comandará o time. Em 2010, quando ele era gerente de futebol do Azulino, foram sete partidas. Em 2011, a campanha teve 15 vitórias e três derrotas – rendimento que ele gosta de frisar bem – no estadual. Batista ainda passou pelo comando técnico nos anos de 2012 e 2 - Mesmo sendo presidente, me especializo em futebol para justamente em momentos como esse ajudar. O Piauiense com apenas seis times é muito curto, acho que é o momento para sacudir o elenco – explicou.
Com quatro pontos, o Parnahyba fecha o G-4 das semifinais do estadual. Se quiser não fazer contas para sair de lá na última rodada, tem que vencer o 4 de Julho – curiosamente comandado pelo treinador demitido por Batista, Paolo Rossi – para confirmar a posição.
E caso não dê certo? Quem vai "peitar" o presidente (ou o treinador)?
E caso não dê certo? Quem vai "peitar" o presidente (ou o treinador)?
Batista orientando jogadores (Foto: Gláucio Júnior)
- Não tem essa possibilidade. Tenho certeza de que as coisas vão melhorar. Vamos conquistar nossa classificação, brigar pelo título do primeiro turno. Nosso elenco dá para jogar um estadual de igual para igual, tem qualidade. Vamos encontrar uma maneira de jogar bem, que começa a partir do jogo de domingo. Além de presidente, sou torcedor e tenho problema de pressão. Então, sofro como qualquer torcida. Não quero correr esse risco – completou.
A permanência do presidente treinando o time tem prazo para terminar. Na segunda-feira, Batista espera voltar à presidência e ter um novo técnico, claro, com o time classificado para as semifinais.
*Colaborou Gláucio Júnior, de Parnaíba, da rádio Horizonte FM
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