2 de out. de 2014

TV Meio Norte realiza último debate com os candidatos ao Governo do Estado

Debate Meio Norte(Imagem:GP1)Debate Meio Norte
A TV Meio Norte realizou na tarde desta quarta-feira (01) último debate com os candidatos ao Governo do Estado antes das eleições. O debate mediado pela jornalista Maia Veloso contou com apenas quatro dos sete candidatos, Zé Filho (PMDB), Wellington Dias (PT), Mão Santa (PSC) e Maklandel Aquino (PSOL) por terem representação na Câmara Federal. Os outros candidatos são Lourdes Melo (PCO), Neto Sambaíba (PPL) e Daniel Solon (PSTU).

No debate, os candidatos perguntaram para candidatos. O debate foi divido em quatro blocos.


1º Bloco
O candidato Wellington Dias iniciou o debate com pergunta ao governador e candidato à reeleição Zé Filho, contextualizando o tema de segurança pública, o senador questionou sobre as principais providências que o peemedebista pretende tomar se reeleito.

Imagem: Bernardo Marçal/GP1Zé Filho(Imagem:GP1)Zé Filho
Zé Filho assegurou que em sua gestão estão sendo feitos grandes investimentos. “As ações que fizemos na polícia militar, nas viaturas, nos homens, nos serviços burocráticos, todas são diferente do seu governo. Onde você não aumentou em nada o efetivo da Polícia Militar”, disse Zé Filho.

O governador afirmou ainda que a insegurança é um problema nacional e que o próprio Governo Federal precisa de ações mais efetivas. Em réplica, Wellington retrucou dizendo que a pergunta era referente ao papel do governador nas providências sobre segurança. Comparou os números de seu governo ao de Zé Filho e disse que o efetivo de polícia diminui no Estado desde sua gestão. Em tréplica, Zé Filho disse que Wellington está sempre querendo ser o “coitadinho, quando na verdade não fez nada pelo Piauí em oito anos”.

Zé Filho foi o segundo candidato a perguntar e questionou o candidato Mão Santa sobre incentivos à microempresários que fomentam o comércio local.


Mão Santa(Imagem:GP1)Mão Santa
Mão Santa falou de sua gestão e disse que quando governou o Piauí incentivou a sobrevivência de pequenos e médios empresários e citou o exemplo da merenda escolar, quando houve um incentivo e uma fiscalização para que as escolas comprassem os gêneros alimentícios de fábricas e empresas provenientes da própria região. “Vamos dar uma Secretaria de microempresários, porque eles empregam muito, porque cada empresa dessas diminui o desemprego no estado”, completou o ex-governador.

Em réplica e tréplica os candidatos concordaram em criar ações para o fortalecimento dos microempresários no Piauí.

Mão Santa perguntou ao candidato pelo PSOL, Maklandel Aquino, qual o seu entendimento sobre a privatização da companhia energética do Piauí, que segundo Mão Santa, é um problema que o preocupa bastante.

Imagem: Bernardo Marçal/GP1Maklandel Aquino(Imagem:GP1)Maklandel Aquino
Maklandel respondeu declarando que condena a prática de sucateamento dos recursos públicos e das empresas públicas. E que é uma obrigação do Estado fornecer a energia de qualidade para a população, assim como outros bem essenciais assegurados pelas leis a cada cidadão. 

Em réplica, Mão Santa disse que por causa da má qualidade de fornecimento energético e por falta de investimentos, diversas empresas fogem do Piauí, “as indústrias estão indo para o Maranhão”, declarou. 

Em tréplica, Maklandel se dirigiu ao eleitor e disse que dois dos candidatos presentes já foram governadores, e um está atualmente no governo, mas que não “demonstraram nenhum interesse em resolver o problema da energia elétrica no Piauí”.

Maklandel direcionou a Wellington Dias a última pergunta da rodada e questionou se o candidato considerava normal que a Secretaria de Governo gastasse metade do que é gasto na saúde pública.


Wellington Dias(Imagem:GP1)Wellington Dias
Wellington respondeu que não é normal, e citou exemplos de contratos de R$ 22 milhões de reais, que foram barrados pelo Tribunal de Contas em gestões posteriores a sua, destinados a contratação de buffets e ornamentos, com recursos da saúde, e disse que é inadmissível essa prática.

Em réplica, Maklandel disse que “esse gasto que eu mencionei é referente ao último ano de seu governo. Onde houve o fechamento da clínica do iapep, do pronto socorro do HGV, a municipalização dos hospitais, sem dar condições aos municípios”. Wellington respondeu dizendo que essa informação não era verdade.

2º Bloco

No segundo bloco do debate, Mão Santa perguntou para o candidato Wellington Dias.

“Quando entrei no governo, sucedendo o governador Hugo Napoleão, porque o senhor foi afastado, estavam em processo de leilão tanto a nossa Cepisa como a Eletrobras. Quando o presidente Lula esteve aqui, fizemos ele perceber a importância de uma empresa pública de energia no estado e o fato é q a Eletrobrás é uma empresa distribuidora inédita, da mesma forma que o Banco do Estado não foi privatizado e sim, incorporado ao Banco do Brasil que também é publico. Tivemos grandes investimentos no Piauí ”, disse Wellington Dias.

Mão Santa comentou que Wellington deveria ficar no Senado Federal. “No Senado, você tem brigado pouco. A Eletrobras acaba de aumentar 25% e acho que você deve continuar lá para recuperar o tempo em que não lutou pelo Piauí. Vossa Excelência deve refletir e voltar para o senado porque passou oito anos lá e tem o dever de devolver ao Piauí a grandeza que a gente merece”, disse Mão Santa.

Em tréplica a Mão Santa, Wellington Dias disse que o povo é quem decide se ele deve ou não sair do Senado e assumir o governo do Estado. “É o povo quem decide, quem escolhe, mas quero falar aqui de propostas, e falando de infraestrutura, quero retomar a obra do porto, que ficou parada depois que eu saí. Temos uma ferrovia que é a transnordestina. Quero trabalhar a energia, a infraestrutura de comunicação, de transportes”, destacou.

Em resposta ao candidato Zé Filho sobre suas propostas para a área de segurança, Mão Santa destacou que a violência no Estado aumentou com a sua saída do governo.

“Nós vamos reconstruir o Piauí. Nós, com a nossa visão de futuro, criamos academias de policia aqui na capital e há 8 anos não tem vestibular na academia de policia militar. Eles enganam com um cursinho aqui e acolá para cabos. Então, olha a desgraceira se essa gente continuar. Se essa gente continuar a desgraceira vai aumentar. A violência tá ai, não era assim, eu governei esse estado e saía toda quinta-feira, onze horas da noite e andava por aí. Isso começou nessa desgraceira nesse governo que tá há 12 anos”, disse.

Na réplica, Zé Filho destacou que quer a oportunidade de mudar a situação do estado, pois essa oportunidade já foi dada a outros candidatos. “É muita conversa e após oito anos não fizeram nada e precisam de mais quatro anos para resolver o problema. Por que não fizeram antes? Agora tem que dar oportunidade para quem quer resolver e não teve a chance de resolver os problemas que o Piauí está enfrentando”, disse.

O candidato Maklandel aquino respondeu à pergunta de Wellington Dias sobre propostas para a juventude do Piauí.

“Essa porcentagem de jovens é a mesma que está nos presídios do estado. Gente pobre, que não teve acesso ao trabalho, ao estudo, e vamos garantir, a partir de 01 de janeiro, a oportunidades de ir a escola, de praticar esportes, acesso à cultura, lazer, ampliar as universidades que foram sucateadas, garantir casa do estudante e restaurante aos estudantes da universidade, garantir a permanência dos alunos nas universidades e nas escolas. Então são políticas de estado que esses jovens necessitam para possibilitar o ingresso deles no mercado de trabalho e não podemos desprezar essa juventude porque o resultado desse desprezo nós vemos na violência presente no estado”, disse Maklandel.

O candidato disse ainda que o Piauí tem uma dívida histórica com a juventude. “Apesar de ter feito sete anos de governo e passado para o seu sucessor, o senhor está desatualizado. Temos 19% de analfabetos a partir dos cinco anos de idade no Piauí e queremos garantir que os cidadãos tenham acesso a cultura, escola, universidade, e só assim o estado vai acabar com essa dívida histórica com a juventude”.

Maklandel Aquino fez uma pergunta para o candidato Zé Filho sobre ação no Ministério Público Federal contra sua candidatura. “Recentemente tivemos escândalo de dinheiro encontrado em banco de carro. Qual sua diferença para esse candidato sendo que seu mandato está em xeque por compra de votos, abuso da máquina, de poder econômico?”

“São coisas totalmente diferentes, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Essa ação é de quando eu era candidato à vice-governador. Eu não respondo a nenhum processo, essas mãos aqui são limpas, não tenho processo de nada contra a minha pessoa, a não ser processos eleitorais, que todos nós temos. Podem verificar o passado do Zé Filho, fique tranquilo que você está votando em um candidato ficha-limpa. Agora tenham cuidado para não votar em um chapeuzinho vermelho e eleger um lobo mal. Peço que o piauiense tenha o discernimento de ver o que está acontecendo”, disse Zé Filho.

Após a resposta de Zé Filho, Maklandel replicou: “Você acabou de banalizar os crimes eleitorais e eu garanto que eu não tenho nenhum processo eleitoral contra mim. Agora, piauiense, se candidato frauda o processo eleitoral com compra de voto, imagina o que ele não faz se eleito”, disse.

Em sua tréplica, Zé Filho disse que está realizando uma transformação no Piauí.

3º Bloco
Mão Santa perguntou a Maklandel sobre o contexto atual da democracia, e sobre números de pesquisas que influenciam na escolha do eleitor.

O candidato Maklandel respondeu dizendo que é muito importante que a população faça uma reflexão sobre pesquisas eleitorais. “É importante observar que as pesquisas refletem o sabor dos candidatos que as contratam, que são os grandes partidos financiados por grandes empresas, e que utilizam da máquina para se beneficiar”, disse o candidato.

Em réplica, Mão Santa falou de quando foi eleito, dizendo que a história pode se repetir, já que nas pesquisas aparecia lá embaixo e que conseguiu ser eleito no primeiro turno.

Em tréplica, Maklandel voltou a falar da importância de observar que “os candidatos das pesquisas compradas já ocupam há muito tempo espaços na mídia, espaços estes que os pequenos partidos não têm. Mas que a população pode ajudar a mudar esta realidade”.

Maklandel Aquino perguntou a Wellington Dias sobre as doações que a Suzano fez em suas campanhas e a doação de um ex-secretário que teve de ser afastado no seu Governo por causa de irregularidades e questionou qual o acordo que eles têm em troca das doações.

Wellington afirmou que todas as doações são de acordo com a Lei e que não têm relação com acordos. Disse ainda que defende que empresas como a Suzano se instalem no Piauí, e não necessariamente a própria, mas indústrias da área de celulose, porque visa o desenvolvimento do Estado.

Wellington questionou Zé Filho sobre a ausência de políticas voltadas aos deficientes físicos no seu plano de Governo.

Zé Filho retrucou dizendo, “não vamos ficar com deboche, em qualquer governo existem políticas direcionadas para pessoas com deficiência”. O governador aproveitou o tempo para dizer novamente que Wellington não fez nada em oito anos, e citou o caso do Ginásio Verdão, que segundo ele, foi fechado na gestão de Wellington.

Em réplica, Wellington disse que os atletas sabem que o Verdão funcionou, inclusive com adaptações para deficientes físicos. E disse que sua pergunta não se tratava de deboche, e sim de proposta, “o fato é que o senhor não apresentou proposta ao atendimento aos deficientes físicos”.

Na tréplica, Zé Filho respondeu que já está é fazendo. Disse que essa era a diferença entre eles, “o senhor só sabe prometer, o seu discurso é só promessa. Eu peço cuidado, nós já estamos fazendo, esta é a diferença”, completou o governador.

Wellington pediu direito de resposta e mencionou sua família e sua fé em Deus para suportar tantas acusações. “Busquei o tempo todo trabalhar, evitando qualquer forma de baixaria e de desrespeito”, disse o candidato.

Considerações finais

Em suas considerações finais, Wellington Dias parabenizou a organização do debate e pediu votos para ele, para a presidente Dilma Rousseff e para o candidato a senador, Elmano Férrer.

“Queria parabenizar e agradecer por esse momento, agradecer a Deus, à minha família que me ajudou a enfrentar essa baixaria que enfrentei, mas quero levar na memória essa imagem alegre, e quero pedir o seu voto, principalmente a você que não tem uma opinião formada ainda. Peço também voto para a presidente Dilma, para o candidato a senador Elmano Férrer, o veim trabalhador, e nós vamos trabalhar pelo Piauí, eu, juntamente com a vice-governadora Margareth Coelho. Quero agradecer a você pelas orações, agradecer à militância querida, e pedir ajuda para fiscalizar até o dia 5.O compromisso que assumo é para o desenvolvimento do Piauí, integrado com a presidente Dilma, para que tenhamos obras e equipamentos para o desenvolvimento econômico, ferrovias, rodovias, obras para desenvolvimento social, equipes de saúde, garantia daquilo que é necessário para a qualidade de vida, para estruturar os municípios, principalmente para a educação”, finalizou Wellington Dias.

Para finalizar, Zé Filho disse que: “Quero agradecer a Deus a oportunidade de disputar essa eleição para governador, agradecer cada abraço, cada beijo que temos recebido nas diversas manifestações na capital, no interior do estado. Agradecer à minha família, á toda a equipe, parabenizar aos candidatos, a todo o povo do Piauí, e dizer que estamos fazendo a verdadeira transformação no Piauí para esse povo que não aguentava mais, e o mais importante, quero dar um recado aos indecisos, boa parte da população do Piauí: se você der a chance ao Zé você leva e eleição para o segundo turno e levando para o segundo turno, você vai ter condições de analisar meelhor os candidatos porque realmente se tivermos oportunidade de ir para o segundo turno você vai poder ver quem está falando a verdade, quem quer o Piauí mais justo, mais igualitário , mais alegre, um Piauí que nos faça no orgulharmos de ser piauienses”.

“Agradeço a Deus a coragem para combater um bom combate. Eleitor, eu estou pronto, para reconstruir o Piauí, eu sei as dificuldades do estado. Estamos aqui acreditando que o Piauí vai se libertar do passado. Nés queremos oferecer nossa experiência, luta e amor à nossa gente. Quem ama cuida, queremos cuidar dos idosos abandonados, das crianças sem creche e da juventude que o governo não ampara. Votar em Mão Santa e em Adalgisa não é dar um salto no escuro, no desconhecido, é ter um encontro com o amor. Nós somos o governo da família, com a decência e dignidade. Isso que estamos todos indignados, a violência, vai acabar. Vamos voltar à boa saúde, a educação para todos. Quando Mão santa voltar tudo vai melhorar”, disse o candidato do PSC nas suas considerações finais.

“Aqui está em jogo que no dia 5 , você vai decidir que projeto de Estado você quer para o Piauí: se esse estado comprometido com grandes empresários, com as velhas oligarquias, se você quer o Estado que priorize o agronegócio em detrimento da agricultura familiar, ou se quer um Estado q queira a participação popular na administração ,que dialogue frequentemente com movimentos sociais. Você tem a opção, e lembre que o voto não tem preço, tem consequência. São 4 anos de lamentações no voto errado, por isso reflitam na mudança, reflitam no voto e vote no 50 para a mudança real no estado”, finalizou Maklandel Aquino.

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