17 de out. de 2014

ECONOMIST: 'ELEITORES DEVERIAM ABANDONAR DILMA'

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Revista britânica explica em editorial "por que o Brasil precisa mudar", citando que, durante o governo Dilma, a economia do País estagnou e o processo social desacelerou; publicação vê, porém, a presidente como favorita na disputa "porque os brasileiros ainda não sentiram o arrepio econômico em suas vidas. Mas, em breve, eles sentirão", prevê; as políticas de Aécio Neves, segundo a Economist, beneficiariam os brasileiros ricos, assim como os mais pobres; "Ele promete colocar o País de volta no caminho do crescimento econômico", diz a revista
16 DE OUTUBRO DE 2014 ÀS 16:00
Por Marcello Ribeiro Silva

SÃO PAULO – Em sua edição publicada nesta quinta-feira, a revista britânica The Economist defendeu a eleição de Aécio Neves, presidenciável do PSDB, para assumir o lugar da presidente Dilma Rousseff (PT). A publicação avaliou que o desafio do tucano se tornou ainda mais difícil, em função de uma campanha marcada pela tragédia e dramática como uma telenovela brasileira.
De acordo com a revista, quando a presidente foi eleita em 2010, o Brasil parecia prestes a aproveitar todo o seu potencial, mas, durante o governo de Dilma, a economia se estagnou e o progresso social desacelerou.
A publicação citou ainda que o Brasil tem de longe o pior desempenho dos Brics (grupo econômica formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), atrás apenas da Rússia, que sofreu sanções diante das sanções sofridas por causa do conflito com a Ucrânia.
Ainda que esteja inclinada pela vitória de Aécio, a revista informou que a petista continua sendo a favorita para vencer a corrida presidencial. "Isso ocorre porque os brasileiros ainda não sentiram o arrepio econômico em suas vidas. Mas, em breve, eles sentirão", aposta a Economist, defendendo que o tucano estabeleça reformas caso se consagre nas urnas.
Mesmo classificando os progressos sociais de Dilma como conquistas reais, a revista reforçou que as falhas econômicas e políticas da candidata à reeleição são maiores e mais palpáveis. Além de comparar o país em relação aos parceiros do BRIC, a publicação destaca que o país está enfrentando mais adversidades do que os seus vizinhos latino-americanos.
Além de afirmar que Dilma prejudicou a Petrobras e a indústria do etanol, o editorial explicou que as interferências da presidente "nas políticas macroeconômicas e as tentativas de gerir o setor privado fizeram os investimentos caírem. O escândalo na Petrobras destaca que é o PT, e não seus oponentes, como alega Dilma, que não podem ser confiados com o que já foi uma joia nacional". A Economist destacou que a presidente parece não ter aprendido com seus erros.
Segundo a Economist, as políticas de Aécio beneficiariam os brasileiros ricos, assim como os mais pobres. "Ele promete colocar o País de volta no caminho do crescimento econômico. Seu histórico, assim como o de seu partido, torna isso crível", avaliou a publicação, acrescentando que a maior ameaça aos programas sociais é a má gestão da economia pelo PT.
De acordo com a revista, se tiver sorte, Aécio pode ver sua candidatura impulsionada pelo apoio da ex-candidata Marina Silva (PSB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno ao somar 21% dos votos. "Aécio merece vencer. O Brasil precisa de crescimento e de um governo melhor", concluiu.
Fonte: Brasil 247

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