21 de ago. de 2014

Albert Piauhy é arte, é cultura

Com  mais de três décadas de trabalho, Albert Piauhy é um dos maiores nomes da cena cultural do Estado do Piauí
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Nascido em Luzilândia, cidade do Baixo Parnaíba, Albert Nunes de Carvalho é um dos maiores incentivadores da cultura no estado. Foi o idealizador do Salão Internacional do Humor, que completa três décadas. Também é jornalista, agitador cultural, chargista, palestrante e artista plástico. Mas sua veia artística envereda ainda para outros campos, como o cartum e as ilustrações, áreas em que é referência.
Mas talvez seu maior diferencial seja o amor pelo Piauí. Atualmente é presidente da Fundação Nacional do Humor e, no sangue, o amor pela terrinha pulsa mais forte. Não é à toa que ganhou do artista Ziraldo o apelido de “Albert Piauhy (“Piauí, na grafia antiga). “Aqui é o meu lugar. Eu fui feito com o barro daqui”, declara Albert, que já morou por diferentes períodos no Rio de Janeiro, mas sempre retornou a seu estado natal.
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Sobre o apelido, ele explica que foi dado no tempo em que fazia dezenhos para O Pasquim. “Nunca gostei da grafia usada hoje, resultante de uma dessas tantas reformas ortográficas. Gosto mais da antiga: ‘Piauhy’. Então uso a grafia antiga, algo assim como uma homenagem”, explica.
A CAMINHO DA ARTE
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Sua infância foi marcada pelo encontro de Albert com o folclore nordestino, como os tocadores de taboca e zabumba, o Boi e o Reisado. quando cresceu, acabou despertando o gosto pela arte, influenciado principalmente por revistas da época. “Mesmo morando no Piauí, onde não existiam escolas de arte e outras instituições fundamentais para o desenvolvimento cultural, minha geração foi à luta e posso dizer que tudo começou co ma gente”, relembra o artista.
Ele revela que nunca teve pretensão de fazer carreira no mundo das artes, mas de ser uma pessoa atuante, contribuindo para o desenvolvimento intelectual, artístico e cultural do Piauí. “Enquanto isso, para sobreviver, trabalhei como artista gráfico, ilustrador, chargista, cartunista, caricaturista e jornalista”, explica.
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O que poucos sabem é que o agitador cultural cursou apenas o ensino fundamental. “Não tinha paciência de para sentar no banco da escola, e me formei trabalhando nas redações dos jornais, onde entrei ainda menino”, explica. Seus trabalhos foram publicados em periódicos de renome, como O Povo (Ceará), Ragu (Pernambuco), O Cruzeiro, O Pasquim e O Bicho (Rio de Janeiro).
“O aprendizado do autodidata é sofrido. Naquele tempo, como hoje, não tínhamos escolas de arte, conta Albert.
Por sua bagagem de vida, tornou-se um grande crítico cultural. “É necessário que os governos estaduais e municipais reestruturem os seus órgãos de cultura para uma eficiente elaboração de políticas públicas que englobem todas as linguagens da arte: cinema, teatro, música, dança, artes pláticas, circo, etc. O Piauí está sem ambiente para o exercício e o debate da arte e da cultura. É preciso criar esse ambiente”, completa Albert.
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Com isso, ele não fica parado e promove com humor sua arte por todo o Piauí. No ano passado, o Salão Internacional de Humor ocorreu em Parnaíba. “Eventos de arte e cultura, como o Salão Internacional de Humor, não funcionam em cidades grandes. Eu sempre desejei que o Salão fosse um evento impulsionador do turismo”, conta ele. Achei que Parnaíba seria a cidade ideal para o evento se reinventar, completa. “O Salão de Humor começou pequeno, mas soube crescer e hoje é um dos mais importantes e antigos do mundo”, relembra.
Fonte: Revista Poti/ Bia Linhares/ Edição Portal do Delta

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