5 de mai. de 2014

TEATRO PROIBIDO NA PARNAÍBA

O texto a seguir está na última edição (mês abril) do Jornal "O Bembém":

"Um grupo de atores da Parnaíba não teve o que fazer e foi celebrar o Dia Mundial do Teatro e dia Internacional do Circo (27 de março) em plena Praça da Graça. No coreto, começaram a fazer apresentações curtas, cantar e tocar. Queriam chamar a atenção dos passantes e lhes dizer porque estavam ali. 


Não deu: chegaram guardas municipais, com o nome geral de Vigilante Patrimonial , e disseram que não podia acontecer aquilo. Proibiram. Exigiram que os atores parassem. Acontece que ali estavam alguns artistas de grande representação na cidade, como Joaquim Saraiva, Pedro Belo e Juarez Fontenele. Avisado, veio o vereador Carlson Pessoa, que fez esta foto para postar na web, até que, por fim, os Patrimoniais se retiraram e a turma continuou o “hoje tem espetáculo”. Gente! Como é que pode??!!! A Parnaíba precisa crescer mentalmente. Quem é que ainda não sabe que “A praça é do povo como o céu é do condor” (nos versos de Castro Alves) ou que “A praça é do povo como o céu é do avião”, no frevo do Caetano Veloso? Será o Benedito?! Na Parnaíba, nenhuma autoridade dá valor ao teatro, quase não se faz teatro e ainda vem uma dessas! Xô".
ALÉM DO FATO

Claro que este posicionamento da Prefeitura nos surpreende também porque igualmente foi proibida, no mesmo mês, a presença de jovens integrantes do Centro Espírita Chico Xavier, que mensalmente ali realizavam uma feira de livros espíritas, uma forma de divulgar a doutrina e faturar alguma grana para as obras sociais do Centro. Motivo da proibição? Nada convincente.A feira ocorre uma vez por mês. E em março a feira teve que ser realizada no Mercado da Quarenta, onde a presença de pessoas é bem menor do que na Praça da Graça.Consequência: poucas vendas.

Em contrapartida aquelas figuras que vendem artesanato diariamente ali, na Praça da Graça,  não são de forma alguma incomodadas pela mesma Guarda Patrimonial que incomodou os artistas de teatro e impediu a feira de livros espíritas. Estranho.Muito estranho.Afinal, a praça é ou não é do povo?

Fonte: Blog do Bsilva  

Um comentário:

  1. Caro Repórter e Vereador Carlson Pessoa, aqui quem fala é um grande admirador do seu trabalho. Entretanto entristece-me o fato de V. Exa. imputar a responsabilidade por todo e qualquer incidente envolvendo manifestações na Praça da Graça à Vigilância Patrimonial. V. Exa. sabe que qualquer atitude tomada pelos Vigilantes seguem as ordens de alguém. O motivo pelo qual V.Exa. atribui sempre aos vigilantes a responsabilidade por esses atos, que são meros servidores e cumpridores de ordens, realmente é deselegante e incômoda.É necessário que V. Exa., antes de julgar os vigilantes, certifique-se de onde partem as ordens para o comportamento dos mesmos.
    OBRIGADO!

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