O secretário estadual de Saúde, Mirócles Veras, confirmou hoje (05) que o estudo sobre a regulação dos hospitais do Estado está sendo finalizado e deve ser implementado ainda este mês. Mirócles esclareceu ainda que o estoque de medicamentos excepcionais será regularizado em breve.
Segundo ele, a equipe está tendo trabalho extra para finalizar o planejamento e a prioridade é dar o atendimento adequado aos pacientes que chegam ao Hospital de Urgências de Teresina. "Vamos estudar o que é melhor para o paciente que está na porta de entrada, no HUT. Fomos a todos os hospitais, ao CRM, ao Ministério Público, ao Conselho Estadual de Saúde, e nossos técnicos estão trabalhando de forma árdua para juntar toda essa rede, que também é do interior, para ter um atendimento melhor. Vamos colocar a regulação para funcionar ainda este mês. Vamos ter o controle de todos os leitos vagos, tanto nos hospitais públicos como nos privados e aí encaminhar todos os pacientes de Teresina e do interior", disse.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
Também serão envolvidos os hospitais da rede privada no atedimento a pacientes de alta complexidade. "Eu administro o SUS. Ele é unico, integrado. Existe uma rede que atende a todos os pacientes. Essa concepção que eu estou vendendo e parece que agora está tendo um entendimento. O paciente é brasileiro e precisa", declarou.
Prestadores de serviço
Uma equipe da secretaria está finalizando também a análise do pessoal que presta serviços para a pasta. Mirócles afirma que não houve nenhum pedido do governador Zé Filho para que fossem demitidos servidores por conta do extrapolamento dos referenciais da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Mas promete colocar o pessoal para trabalhar. "O que vamos fazer é colocar o pessoal que não está trabalhando para trabalhar. Já pedi ao meu pessoal para fazer um levantamento para saber onde há pessoal contratado que não está trabalhando e chamar", disse.
Medicamentos excepcionais
Mirócles classificou como "gravíssimo" o problema da falta de medicamentos excepcionais com o qual se deparou ao tomar posse na Sesapi. Segundo ele, está sendo finalizado o procedimento para a compra dos medicamentos.
"70% dos medicamentos já estava licitado e os demais 30% está sendo feito processo de emergência, que é legal. A Sesapi está comprando emergencialmente esses medicamentos para salvar a vida humana. Para que fique bem claro: esses medicamentos vamos comprar trimestralmente. O total é de R$ 3 a R$ 5 milhões, com valores cabíveis ao Estado. Já foi pedido e nessa semana vamos comprar os demais 30%. Vamos regularizar dentro de 30 dias", explicou.
Caso maternidade
Mirócles esclareceu também o caso de uma grávida cujo bebê faleceu e houve um impasse em relação ao atendimento à paciente. A grávida, segundo os médicos, não poderia passar por procedimento cirúrgico por conta dos riscos.
"Entendo que com a perda de um bebê a família esteja abalada. Essa responsabilidade é do médico. Ele sabe o que é melhor para salvar o paciente já que a criança estava morta. Só o médico sabe o que é melhor. A responsabilidade é do profissional. É um médico conhecido, de carreira, já foi diretor da maternidade e isso foge da vontade da direção ou do secretário", disse.
Leilane Nunes
leilanenunes@cidadeverde.com
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