A estatal de energia Eletrobras
assina hoje (12) acordos para a gestão compartilhada de duas distribuidoras de
eletricidade da Região Norte: a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e a
Companhia Energética de Roraima (CERR). O acordo prevê o equacionamento
financeiro e técnico das duas empresas, que hoje são devedoras da Eletrobras.
Segundo o acordo, a Eletrobras não
fará aporte de recursos às distribuidoras, apenas indicará nomes para a
diretoria das duas empresas com o objetivo de repassar conhecimento técnico e
experiência.
Espera-se que com o acordo de
gestão compartilhada, as distribuidoras melhorem seus serviços, tenham custos
eficientes, reduzam suas perdas de energia, mantenham os indicadores de
qualidade dentro dos limites da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e
maximizem os lucros para acionistas.
Caso os objetivos sejam atingidos,
a Eletrobras terá a opção de comprar até 90% das ações da CEA e 80% das ações
da CERR. O presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, disse esperar
que as metas sejam alcançadas até 2015.
“A Eletrobras não vai entrar para
salvar a empresa. Quem está salvando são os governos de estado, com recursos
emprestados pelo governo federal. Nós vamos ajudar na gestão. Essas empresas
tinham dívidas com a Eletrobras. Com os recursos que estão entrando, elas estão
pagando essas dívidas”, disse o presidente da estatal.
Carvalho Neto disse também que deve
se reunir, na próxima semana, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,
para discutir o modelo de venda das seis distribuidoras que hoje são
controladas pela estatal: Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição
Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Acre,
Eletrobras Distribuição Alagoas e Eletrobras Distribuição Piauí).
“Independentemente do modelo
societário, o que estamos querendo é revitalizá-las, fazer os investimentos
necessários, reduzir seus custos e ter maior eficiência operacional. A gente
acha que se tivermos uma parceria público-privada é mais rápida. Mas isso não
depende da gente. Agora precisamos da orientação estratégica e política do
ministro”, disse.
Fonte: Agência Brasil
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