O ator Paulo Betti está apaixonado mais do que nunca. Desta vez é por um índio, o Mandu Ladino. “O romance me envolveu de uma forma que fiquei apaixonado pela história. É uma história linda”, disse o ator que está no Piauí para definir locações para o filme Mandu Ladino, baseado no livro do conselheiro do TCE, Anfrísio Lobão, que trata da revolta liderada pelo índio no início do século XVIII.
Yala Sena/CidadeVerde.com
O artista teve acesso à obra em 2007, ao ser presenteado pelo então governador Wellington Dias quando esteve no Estado para a gravação de cenas da novela Sete Pecados no Parque Nacional de Sete Cidades.
“Eu peguei o livro e não conseguia para de ler, parecia uma novela. É uma história romanceada, mas também real. O que me chamou mais atenção foi a resistência dos índios. A gente sempre tem a ideia que o índio cedeu facilmente o seu espaço, o que não é verdade", disse.
“Eles se confederaram e resistiram. Isso é a coisa mais bonita, a liderança de Mandu Ladino, que é exemplar”, afirmou o ator ao participar de café-da-manhã na residência oficial do governador na manhã deste domingo.
Paulo Betti deve ficar no Piauí até a próxima quinta-feira com a esposa, Mana Bernardes, e as filhas Juliana e Mariana, e passará por Campo Maior, Piripiri e o Delta do Parnaíba para ver possíveis locações e fazer calcular o orçamento.
Mariana Betti é a responsável pelo roteiro da película, cuja cópia foi presenteada a Wilson Martins e ao senador Wellington Dias, também presente no café-da-manhã. Paulo Betti diz que vai dirigir e atuar no filme e ainda não escolheu o ator que fará o personagem-título.
Fidelidade ao livro
“É difícil o filme corresponder totalmente à expectativa de alguém que leu o livro. Até agora somos fiel ao livro, agora não sei como isso vai continuar quando formos produzir o filme, por causa dos valores. Tem muitas batalhas no livro”, disse.
“A ideia inicial é ser fiel ao livro e para ser fiel é preciso traí-lo as vezes. É como se fosse construir uma casa, o livro do Anfrísio é o terreno e podemos fazer uma casa grande ou uma mais modesta. Vamos ver”.
“A ideia do filme é muito centrada no interesse que tenho pelos índios no Brasil e a história de nossa formação. O filme tem um aspecto bacana que mostra também o aspecto como o Piauí foi colonizado. Um pouco da história do Piauí através de um romance”, disse.
O autor da Obra, Anfrísio Lobão ressalta que “a história do Mandu Ladino é a história de colonização do Piauí e o filme dará visibilidade a um herói desconhecido”.
O governador Wilson Martins garantiu que dará total apoio ao filme. A conselheira do TCE e primeira-dama do Estado, Lilian Martins foi presenteada com uma cópia do filme “Cafundó”, dirigido por Betti com o ator Lázaro Ramos e uma biografia de Paulo Betti, escrita por Teté Ribeiro.
A previsão é que a película com a história de Mandu Ladino chegue aos cinemas em 2014 ou 2015.
Flash de Yala Sena
Queria parabenizar o ator, que aliás vi muitas novelas com ele e até filme, é um artista consagrado. O Piauí agradece a iniciativa. Agora o que chama a atenção é que nunca se viu tanta atenção assim também para com os de talento que existem aqui no Piauí. Qual será o problema dessas autoridades políticas com os artistas da terra? Não é ciúmes, não, é sinceridade, até porque não faço parte da classe de artistas, mas observo.
ResponderExcluir