No mês de maio do ano de 2009 a barragem de algodões completou exatos três anos de sua ruptura, o Piauí vivia um de seus maiores invernos. A lembrança é justamente para vermos como a natureza é imprevisível, diante da seca que vivemos.
Comparando os anos de 2009 com o de 2012 ficamos impressionados com o contraste que a natureza nos apresenta. A seca que atingiu em cheio o Piauí e boa parte do nordeste, trás junto com ela o sofrimento da nossa gente humilde que trabalha o ano inteiro pensando nas chuvas e na colheita. A crise é tão seria que o setor acredita ter perdido em tordo de 90% da produção agrícola, existem regiões que não tem água e nem alimentos, mais de 150 municípios já foram atingidos pela seca que acabou até com os pastos dos animais, 94 municípios já decretaram estado de emergência.
Nesta Segunda Feira 07/05 o Governador do Estado do Piauí, Wilson Martins, falou sobre o problema natural sofrido pelo estado. “Solicitei ao Exército informações sobre as cidades onde a escassez de água é mais grave para que possamos nos adiantar já que o Exército trabalha com repasses sistemáticos para execução da Operação Carro-pipa”. O governador disse mais. “Fomos o primeiro estado a constituir o Comitê Intersetorial com órgãos do Governo do Estado e do Governo Federal para tratar de ações contra a seca, de acordo com o que foi definido durante reunião entre os governadores do Nordeste e a presidente Dilma Rousseff, na última semana, em Aracaju”, destacou.
Medidas a nível federal:
Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou três resoluções para ajudar os agricultores do Nordeste prejudicados pela falta de chuvas. A mais importante foi uma linha especial de crédito para os produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) de municípios em situação de emergência ou em estado de calamidade pública.
Os agricultores familiares, divididos por porte de atividade, poderão contratar financiamentos até R$ 12 mil para pagamento em até dez anos e encargos de 1% ao ano. Os produtores poderão abater ainda um bônus de adimplência equivalente a 40% das parcelas quitadas até a data do vencimento pactuado. Os recursos virão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
Em sua segunda medida, o CMN criou uma linha de crédito para os produtores não beneficiados pelo Pronaf. Esses produtores - pessoas físicas ou jurídicas - podem contratar até R$ 100 mil para custeio da produção ou para capital de giro. O prazo de reembolso será oito anos, incluindo o de carência. A taxa efetiva de juros será 3,5% ao ano.
A terceira medida aprovada pelo CMN beneficiará empreendedores da indústria, do comércio e de prestação de serviços dos municípios atingidos pela seca. Eles poderão contratar financiamentos de até R$ 100 mil, com juros de 3,5% ao ano, e prazo de reembolso menor: cinco anos. A carência será de um ano.
Medida provisória abre crédito extraordinário no valor de R$ 706,4 milhões em favor dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional. Os recursos vão financiar ações de defesa civil e produção de agricultores familiares.
Desse total, R$ 281,8 milhões vão para o Fundo Garantia-Safra, destinado a agricultores familiares vitimados pela estiagem na Região Nordeste. E os R$ 424,6 milhões restantes serão aplicados, por meio do Ministério da Integração, nos programas de resposta aos desastres e auxílio emergencial às populações de municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência.
O Governador do Piauí busca convênios para investir cerca de 100 milhões em obras estruturantes contra a seca de 2012 no Piauí.
Sempre discordo que a NATUREZA faça essas coisas. O nosso planeta agoniza diante da ambição desmedida dos capitalistas, essa é a realidade, e as políticas estão nesse jogo. É só observar o rumo que estão dando a todos.
ResponderExcluirQunado vejo falar nessas cifras me da calafrios só de pensar em quanto será desviado em nome da seca de 2012. E não adianta se aborrecer, vejam o caso do Rio de Janeiro. É tipo a música do Luiz Gonzaga: 2 pra mim 1 pra tú...
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