12 de dez. de 2011

Vida de Animal

Olá Carlson, um amigo me enviou uma matéria sobre : vida de animal(que você publicou no mês passado), então estou enviando mais outras sobre o mesmo tema e no final ele escreveu uma poesia(cotidiano de pricila). Achei interessante elas serem publicadas no seu blog, elas foram escritas por Wilton Porto. 


Obrigado pela atenção!


Imagem ilustrativa

VIDA DE ANIMAL II
  Wilton Porto
A maioria das espécies é, de modo geral, equipada com mecanismos de aprendizado que podem ocorrer por dedução ou tentativa e erro e se espalhar por imitação ou pelo ensinamento: peixes (pesquisador César Ades) e aranhas (pesquisador Culum Brown) têm memória; cães entendem um vocabulário básico; macacos desenvolvem um novo comportamento e repassam-no aos seus semelhantes, o que é transmissão de cultura (macaca Imo que passou a lavar batatas-doces, no Japão); chimpanzés que planejam estratégias de caça; macacos pregos e corvos que usam ferramentas para alcançar alimentos.
Os cientistas afirmam que os animais possuem um tipo de linguagem diferente dos humanos. Os animais podem comunicar-se entre si e conosco e, usam a linguagem oral verbal: latidos, miados, resmungos, choramingos, etc. e a linguagem corporal: abanar o rabo, rolar no chão, encolher-se, balançar a cauda, etc.
Os animais são na verdade seres organizados, dotados de um sentimento profundo e expressam essa forma de vida aos olhos dos homens que não entendem, nem compreendem e nem respeitam um ser que é tão lindo e natural, independente de sua espécie.
O homem domina todo espaço que encontra, ele infelizmente interfere até no espaço animal. O homem sempre visa o seu objetivo, sem se importar se irá destruir outras vidas, o homem ao mesmo tempo que constrói, destrói tudo num simples piscar de olhos, o homem fez deste mundo um barril de pólvora que a qualquer momento pode explodir (sic).
O homem é um ser que tem atitudes que muitas vezes deixam a desejar, nos deixam entristecidos e com os corações feridos.
Um dia tudo isso terá um fim, o Criador de todas estas coisas irá nos perguntar: o porque de tanta maldade, de tanta violência, de tanta desordem e também, falta de humanidade (sic).
Os textos acima foram tirados da internet. Infelizmente, um livro que mostra o quanto os animais têm a mesma capacidade humana, foi doado e não posso trazer para essa matéria. Mas até um inseto tem sua razão de ser, possui um motivo para Deus tê-lo criado. Pela televisão, nós já assistimos patos, galinhas, pássaros seguirem seus donos pelas ruas, farmácias, restaurantes, comércios... Já vimos gente criando em casa, leão, cobras, leopardos. E os amam, choram quando os perdem, os tratam como seres humanos. A troca é apenas amor. No entanto, os animais de cargas, que além de ajudarem no sustento da casa, dão carinhos aos seus donos. Porém são tratados como objetos, com desprezo. São meras ferramentas de trabalho. Não se olha para os seus gestos, que como foi dito acima, são a forma de se expressarem. As mesmas dores e angústias que sentimos, eles também sentem.
Estamos sabendo que existem leis para a defesa dos animais. É preciso que as autoridades competentes as coloquem em prática. Pois de uma coisa eu tenho certeza: seremos cobrados por tudo que fazemos. As ações boas nos trarão créditos, as ruins nos levarão aos débitos, que sendo Deus justo e imparcial, não deixará de nos cobrar. 

VIDA DE ANIMAL III
        Wilton Porto
“A biologia atual praticamente não reconhece mais diferenças fundamentais entre  o homem e os animais. Isso significa que a ideia, enraizada na cultura dos países do ocidente, que existe desde Platão, e também desde a história da criação do Céu e da Terra que consta no livro Gênesis, de que ‘o homem é uma existência especial, criada à semelhança de Deus’está hoje se desmoronando.
Por exemplo, Carl Sagan, cientista espacial dos Estados Unidos, escreveu em conjunto com a esposa, Ann Druyan, em 1992, o livro Shadows of  Forgotten Ancestors (Sombras dos Ancestrais Esquecidos, traduzido como ‘Harukanaru Kioku’, pelo jornal Asahi, em 1994). Nesse livro, ele afirma que entre o homem e os animais não existem diferenças fundamentais, e sim apenas diferenças de níveis comprovando essa teoria através de amplos dados da biologia e da antropologia.
Fatos como ‘andar com os dois pés’, ‘trocar coisas’, ‘ter ideia de posse’, ‘cooperar mutuamente’, ‘ter amigos e ter atitudes altruístas’, ‘ter sociabilidade’, ‘ser politizado’, e também ‘ter coragem’, ‘a razão’, ‘a diversão’, ‘a relação frente a frente’, ‘o riso’, ‘a cultura’, ‘o controle sexual’, ‘a arte’, ‘a dança’, ‘a música’, ‘a auto-afirmação’, ‘a mente’, ‘as palavras’, eram até hoje considerados ‘peculiaridades do ser humano’. Mas, independentemente da diferença de nível, foi demonstrado que muitos animais também possuem essas peculiaridades, o que causou uma grande repercussão, tornando esse livro um Best-seller” (cic); (livro CAMINHO DA PAZ PELA FÉ, de Masanobu Taniguchi).
COTIDIANO DE PRISCILA 
       Wilton Porto

Em cada coisa que ela usava
E segurava com amor incomum
Nós não sabíamos que ali estava
Um estridente e constante zunzum
Que mora na alma da saudade
E dos sofrimentos outro igual nenhum.

O pano limpo onde ela se deitava
O lençol lavado que tirava o frio
Os pratos cuidados onde se alimentava
Aconchego da perna na hora do cio.

Gostava de uma peça
Para servir de consolo
Tomava chá de boldo
Com a maior naturalidade
Quanto mais imaginem: 
Um recheado bolo!

E se se falava em passear
O ansioso latido era o comunicar-se
De se esquecer dela – nem pensar!
Pois em desespero se punha a chorar.

Quando da hora todo dia noite
Em que pelas ruas caminhávamos felizes
O nó na garganta é inevitável
Lágrimas no rosto o único consolo.

Onde quer que eu estivesse
No interior de nossa casa
Ali ela estava dando sinal de muita graça
E queria que eu imediatamente a tocasse
Como se de um pacto que quisesse que eu lembrasse.

Balançava o rabo e ia se deitar
Em frente à porta ou lado do sofá
Dormia como se anjo em descanso
Mas despertava serelepe para ninguém nos perturbar.

Era dócil apesar do tamanho
O latido assustava qualquer ladrão
Não conheço quem tivesse mais carinho
Se fizesse traquinagens logo pedia perdão.

Evitava ficar sozinha
Morta de sono nos convidava para deitar
Se a enganávamos de repente ela chegava
E aos nossos pés ela se aquietava.

Era danada quando de tomar remédios
Ciumenta com as coisas e espaços
Com ela não havia quem tivesse tédio
De nem todos ela aceitava os abraços
No entanto nem entre os humanos
Conheço alguém que prime tanto pelos laços.

O que mais faz subir o fogo da tristeza
É sabermos o quantum de displicência
Os que tratam têm que ter o mínimo de consciência
De que quanto mais exames muito mais a certeza
Das doenças naquele ser em permanência.

Quem sabe? – talvez Priscila estivesse viva
Se os cuidados tivessem sido mais primorosos
Porém as condições sempre nos privam
Assim perdemos a quem era imperdível
E seguimos inconsoláveis todos os órgãos chorosos 
Edição Blog do Pessoa

4 comentários:

  1. Eu queria saber se o Parnaiba shopping vai ser feito ou nao. ja iniciaram as obras?

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  2. ESSE ZÉ MANÉ DO WILTON PORTO DEVIA IR PROCURAR ALGO QUE FAZER. É MUITA FRESCURITE COM A FINADA CADELA PRISCILA. SÓ SEI QUE FOFOQUEIRO E PUXADOR DE TAPETE ISSO ELE SABE SER MUITO BEM.

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  3. MEU IRMÃO A GENTE TEM MAIS O QUE FAZER DO QUE LER ESTE BESTEIROL TODO .DA PROXIMA VEZ VÊ SE RESUME.

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  4. Parabéns ao poeta e escritor Wilton Porto. Quisera Parnaíba tivesse só pessoas como vc, que respeita até mesmo os animaisinhos, diferentemente dos brutos e selvagens que transformaram Parnaíba num açougre humano.

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