Francenildo aguarda a conclusão de um processo em que pede indenização por seu sigilo bancário
Caseiro Francenildo durante depoimento em 2006 |
Na véspera do Dia Internacional de Combate à Corrupção, o ex-caseiro que denunciou o ex-ministro Antonio Palocci fez ontem um desabafo. Francenildo Santos Costa reclama da dificuldade que tem tido para arrumar emprego fixo nestes últimos cinco anos e meio. "Só porque falei a verdade eu vou ser prejudicado pelo resto da vida?".
Francenildo vive de bicos como jardineiro e limpezas de piscina. Aconselhado pelo advogado, Wlicio Nascimento, retomou os estudos. Ele só tinha a 4ª série quando contou ter visto Palocci várias vezes na chamada "casa do lobby" em Brasília e deve concluir o segundo grau no próximo ano. Sobre o ex-ministro, prefere nem falar: "O que ele (Palocci) faz não me interessa, meu problema é com a Justiça".
Francenildo aguarda a conclusão de um processo em que pede indenização por seu sigilo bancário ter sido violado. Na primeira instância, a Caixa Econômica Federal foi condenada a indenizá-lo em R$ 500 mil. O banco público recorreu e o processo está paralisado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
Enquanto a reparação não sai, procura manter a discrição. A pedido da mulher, não recebe mais jornalistas em sua casa em São Sebastião, na cidade satélite de Brasília. Conversa apenas no escritório do advogado, no Lago Sul, bairro nobre da capital. Recusou convite para entrar na política e procura dedicar sua energia para a filha nascida no ano passado e espera no futuro poder dar uma vida melhor para a família. No dia a dia, procura seguir o que fez no caso Palocci, falar a verdade.
Edição Blog do Pessoa
Toma pra largar se ser otário.
ResponderExcluirSomente aqui no Brasil é que ser honesto é ser otário.
ResponderExcluirVerdade, anonimo de 02:28. Aqui no Brasil, ladrão é digno de respeito, e honesto é tido como otário. Infelizmente é assim. Em um país justo esse rapaz teria sido no mínimo condencorado e amparado por alguém influente. Aqui é o exemplo de um país cheio de corruptos e de pessoas que andam à margem das leis, que ridicularizam quem faz bem à nação, quem defende direitos coletivos e também seus próprios direitos. Isso pode ser visto também como um requinte de tirania, pois se alguém se meter com um grande, é perseguido e impedido de ser feliz pelo resto da vida. Agora faça a diferença entre o "Dr. Palocci" e o "otário Francinildo" (como chama o anonimo de 20:22, e veja quem fez bem ou mal à nação brasileira nesse episódio.
ResponderExcluir