Projeto Navegar foi irresponsavelmente abandonado na atual gestão

Proparnaíba repercute denuncia feita no BP e no FLAGRANTE sobre irresponsabilidade da Prefeitura de Parnaíba  

Imagem: Proparnaiba.com

Investimento de milhares de reais está abandonado há anos em um Ginásio Poliesportivo Comendador Pedro Alelaf, no Bairro Catanduvas. Trata-se das embarcações que foram utilizadas no Projeto Navegar, do Ministério dos Esportes em convênio com a Prefeitura Municipal de Parnaíba.

Mais de 30 embarcações para prática de vela, canoagem e remo, além de equipamentos de uso individual, eram utilizadas no projeto, onde as atividades eram realizadas na Lagoa do Portinho, em Parnaíba. O projeto foi reconhecido a nível nacional pela Marinha do Brasil.

Centenas de crianças e adolescentes foram atendidas por este projeto do governo federal. Não se sabe ao certo porque o Navegar naufragou.

De acordo com o que o Proparnaiba.com apurou, não havia pessoas comconhecimentos técnicos e habilitado para execução do projeto bem como inadimplência nas prestações de contas.

Era assim:

O Proparnaiba.com foi informado que as embarcações estavam estocadas em um ginásio poliesportivo e foi averiguar. De fato, as embarcações estão se acabando. A maioria é de fibra e está ressecando devido a falta de proteção. Entre os materiais repassados pelo Ministério do Esporte para a Prefeitura de Parnaíba, há dois botes infláveis com dois motores de poupa. E, no local consta apenas um bote e um motor.

Segundo informações, o Grupo de Escoteiros do Mar, em 2005, enviou ofício ao Ministério dos Esportes para que o material fosse repassado ao grupo para ser utilizado em suas atividades, já que as embarcações já estavam sem utilidade. No entanto, a resposta que tiveram foi que os citados materiais estavam sob custódia da Prefeitura de Parnaíba.

Um dos dirigentes sabendo que ainda existem essas embarcações foi ao local nesta sexta-feira constatar e ver de perto se ainda há possibilidade de utilizar esse material nas atividades dos Escoteiros do Mar e disse que na segunda-feira vai procurar a prefeitura para que os equipamentos sejam repassados ao grupo. “Atendemos a 80 crianças e adolescentes. Precisamos desse material em nossas atividades e temos pessoal habilitado. As embarcações naquela situação não ajuda a ninguém, nós temos uma destinação social para elas”, disse José Eudes, escotista.

As embarcações estão sem utilidade desde 2004. O capitão Moura reformado da marinha, hoje diretor do Grupo de Escoteiros do Mar, coordenou e formou duas turmas de ‘navegadores’, num total de 320 jovens que não tiveram como praticar seus ensinamentos devido a paralisação do projeto.

Hoje está assim:

Além das atividades náuticas, os jovens desenvolviam outras atividades de caráter cívico, social e religioso. O navegar também ensinava aos jovens a ser cidadão consciente. 
 

Tacyane Machado e Jessika Tamires/Proparnaiba.com